Na entrevista que deu ao programa da SporTV “Bem, Amigos’ no início da semana passada – ainda no Brasil, após os Desfiles das Escolas de Samba do Rio e antes do seu embarque para Portugal – Jorge Jesus disse que, se não fosse por causa da Covid, jamais teria deixado o Flamengo e aceitado a proposta do Benfica, no início do segundo semestre de 2020.
— Saí, pois o mundo mudou por causa da pandemia. Cheguei a viajar para Portugal, de férias. Mas, quando voltei, a Covid continuava e ninguém sabia bem o que era aquela doença. Ficava sozinho no hotel, o motorista do Flamengo levava minha comida, batia na porta do quarto e saía. E minha família estava em Portugal. Se não fosse por causa da pandemia, eu nunca teria saído.
Jorge Jesus disse que a sua passagem pelo Rubro-Negro foi o auge de sua carreira.
— Treinei vários clubes, tenho muitos títulos, tive muito sucesso no maior clube de Portugal, o Benfica, onde ganhei muito. Mas o auge foi o Flamengo. Foi uma passagem histórica, não apenas pelo título, mas na relação com os jogadores. Nunca tive uma equipe em que estivéssemos tão ligados. Os jogadores diziam que me amavam. Uma sintonia muito forte. O Flamengo foi a equipe mais forte que eu trabalhei.
Jesus disse que desde que deixou o Benfica já recebeu muitas propostas, incluindo duas seleções da América do Sul. E também uma do Everton, da Inglaterra.
— Estou habituado a ganhar títulos, não apenas jogos. No Everton, apenas ganharia jogos. Tive propostas e não aceitei. Fechei algumas portas por isso. Mas no fim de maio vou ver, disse Jesus, que tem em mãos uma proposta da Turquia bem encaminhada.
Sobre os contatos que Atlético e Corinthians fizeram com ele, Jesus comentou:
— Atlético e Corinthians conversaram comigo, sim. Mas nunca tive uma proposta oficial. São duas equipes grandes, mas eu não queria trabalhar naquele momento. Apenas a partir do fim de maio.
Retirado de: Jogada 10