Contratado às pressas para substituir Paulo Sousa no Flamengo, Dorival Jr. nem sequer teve tempo de treinar a equipe e optou por uma solução mais conservadora em sua reestreia no comando rubro-negro.
Na derrota por 3 a 1 para o Internacional, no Beira-Rio, pelo Brasileiro, o novo comandante optou pela escalação de jogadores históricos de um passado recente de títulos, mas que vinham perdendo espaço com a chegada de novas peças.
Após um longo inverno, Diego Alves, que não entrava em campo desde fevereiro deste ano, foi o escolhido para o gol. Um dos jogadores mais influentes do elenco, o camisa 1 foi, talvez, o símbolo do desencontro que marcou a relação entre o grupo e o português. Preterido pelo ex-treinador, Alves entrou em rota de colisão e ficou à margem. Com Dorival, com quem teve um desentendimento em 2018, recebeu logo uma oportunidade e teve atuação correta, visto que não teve responsabilidade alguma nos gols.
Outros nomes consagrados, Filipe Luís e David Luiz também foram chamados para tentar estancar a crise. Embora estivesse atuando com frequência, a dupla já via a sombra de Ayrton Lucas e Pablo crescer. Diego, um jogador que teve pouquíssimas possibilidades com Sousa, foi acionado no segundo tempo. Contra o Colorado, Filipe não fez uma boa partida, enquanto David esteve um pouquinho acima do companheiro.
Atleta com mais jogos do atual grupo, Willian Arão também iniciou a partida. Com Paulo Sousa, o volante oscilou muito e caiu de rendimento. Na partida que selou a queda do Mister, ele começou no banco diante do Bragantino, sendo acionado no decorrer do duelo em Bragança Paulista.
— A questão não é a experiência em si, é a mudança de comportamento. Só uma união de esforços fará com que voltemos a ter atuações seguras. Não adianta nos voltarmos para esse aspecto, precisaremos de mais força para que voltemos a ter resultados. A capacidade de um elenco como esse ninguém discute, mas algo está faltando. Precisamos ter a percepção de ir avaliando e detectando, disse Dorival.
— Esse elenco é vencedor, tem plena consciência de que não vai ganhar com o passado, vai ganhar com o que construir. A responsabilidade não era só do Paulo Sousa, é do grupo. Seguiremos respeitando o Flamengo enquanto estivermos aqui, fazemos parte de algo muito maior do que nós, completou Diego, em entrevista ao “Sportv”.
Curiosamente, a reformulação e rejuvenescimento do elenco foi um pedido expresso da diretoria do Fla ao português, mas a missão perdeu força à medida que o comandante se viu mais isolado e perdeu respaldo dentro e fora de campo. Em meio ao cenário caótico em sua chegada, Dorival fez uma opção por tentar trazer as lideranças para o seu lado, porém, terá de lidar com uma situação que dificultou a trajetória de seu antecessor.
Diante da maratona de jogos e da necessidade de ter um time saudável e com gás, Dorival terá pela frente a tarefa de equilibrar suas escolhas e manter a harmonia no vestiário no Ninho do Urubu. Internamente, o elenco já não via mais condições para a continuidade do português e saudou a chegada de um novo comandante.
Na próxima quarta-feira (15), o Fla volta a campo para encarar o Cuiabá, 20h30 (de Brasília), no Maracanã. A equipe rubro-negra vem de três derrotas seguidas e a situação no Brasileiro já liga o alerta máximo na Gávea.
Retirado de: UOL
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