Uma negociação frustrada que teve mais capítulos internos no Flamengo do que para chegar aos termos finais da operação. A saída de Andreas Pereira passa muito por novos rounds da briga política entre Ninho do Urubu e Gávea, que impediu que o clube colocasse em prática o acerto feito com o Manchester United no início de fevereiro.
Há quatro meses, os clubes entraram em acordo para compra de 75% dos direitos econômicos do jogador por 10 milhões de euros, a serem pagos a partir de 2023. O aperto de mãos entre Marcos Braz, Bruno Spindel, representantes do United e os empresários Kia Joorabchian e Giuliano Bertolucci em restaurante de Londres, no entanto, representou o início, não o fim da novela.
Com a ação do Banco Central como argumento inicial, uma série de questionamentos passou a ser feita nos corredores da Gávea. Informados pela pressão da torcida, que tinha o erro na final da Libertadores fresco na memória, dirigentes levantaram dúvidas sobre a lisura da negociação, os valores envolvidos e, principalmente, os motivos que levaram Braz e Spindel a antecipar em meses o desfecho.
A relação próxima entre Bertolucci e o departamento de futebol rubro-negro foi pauta em reuniões, e o presidente Rodolfo Landim acabou pressionado a postergar a decisão sobre a compra. Mesmo com o processo do Banco Central equacionado, as vozes contrárias ao acerto com o United cresciam, e o vice de finanças, Rodrigo Tostes, chegou a comentar que o contrato precisaria ser analisado “com uma lupa” pelo Conselho Fiscal.
A decisão sobre o futuro de Andreas no Flamengo ganhou contornos políticos. Não é de hoje que Tostes assumiu nos bastidores o papel de antagonista a Braz, que em boa parte do primeiro mandato coube a BAP. E o desfecho com o United acabou guardado na gaveta.
Nos quatro meses entre o “fico” na reunião com o United e a despedida de Andreas com golaço na Colômbia, a negociação passou a ser muito mais interna no Flamengo, com o United em compasso de espera e mantendo o combinado até a chegada da proposta do Fulham. O grupo do Ninho defendia a permanência de Andreas, enquanto vozes da Gávea batiam o pé contra.
O impasse incomodou (e muito) pessoas próximas e representantes de Andreas, que se abriram ao mercado. O jogador se manteve firme no desejo de ficar, ao ponto de aceitar reduzir drasticamente o salário em relação ao que recebe na Inglaterra para assinar por cinco anos com o Flamengo.
Nos quatro meses entre o “fico” na reunião com o United e a despedida de Andreas com golaço na Colômbia, a negociação passou a ser muito mais interna no Flamengo, com o United em compasso de espera e mantendo o combinado até a chegada da proposta do Fulham. O grupo do Ninho defendia a permanência de Andreas, enquanto vozes da Gávea batiam o pé contra.
O impasse incomodou (e muito) pessoas próximas e representantes de Andreas, que se abriram ao mercado. O jogador se manteve firme no desejo de ficar, ao ponto de aceitar reduzir drasticamente o salário em relação ao que recebe na Inglaterra para assinar por cinco anos com o Flamengo.
O argumento principal internamente era de que o Flamengo terá dificuldade de encontrar no mercado um jogador do nível de Andreas e abaixo de 26 anos por 10 milhões de euros. Nada, no entanto, foi suficiente para levar a diretoria ao consenso sobre o investimento.
O ge tentou contato com o presidente Rodolfo Landim para comentar a situação, mas não obteve retorno.
Andreas Pereira chegou ao Flamengo em agosto de 2021. Com a camisa rubro-negra, marcou oito gols em 53 jogos e ficou marcado pela falha no gol da vitória do Palmeiras na final da Libertadores.
Retirado de: Globo Esporte
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