Everton Cebolinha deve fazer sua primeira partida em solo brasileiro nesta quarta-feira (20), às 20h30, quando o Flamengo recebe o Juventude, no Mané Garrincha, em Brasília. A última vez que o atacante atuou no Brasil foi com a camisa verde e amarela da seleção, em 2021.
Tentar retornar a ser convocado, em um ano de Copa do Mundo, foi justamente um dos motivos que fizeram o jogador decidir aceitar a proposta do Flamengo, que topou pagar mais de R$ 80 milhões ao Benfica para repatriar Cebolinha.
A ESPN conversou com o pai do jogador, Carlos Alberto Soares, que contou alguns dos bastidores que levaram até o negócio com o clube rubro-negro. Desde um “namoro” que começou ainda nos tempos de Grêmio, passando por uma ligação do técnico Carlo Ancelotti, hoje no Real Madrid, até o “projeto Copa”.
Cebolinha acertou com o Benfica em 2020, como uma das contratações pedida por Jorge Jesus, técnico multicampeão pelo Flamengo. A saída do Grêmio aconteceu em um momento em que o atacante estava prestigiado na seleção brasileira, após ter sido um dos protagonistas do título da Copa América de 2019 no time de Tite.
“Ali foi um orgulho que transbordava da família. Estar ao lado dos caras que ele jogava no videogame. E não estar ali sendo mais um, mas sendo protagonista, isso que é bom. Foi espetacular”, lembrou o pai do atacante. “A gente chorava só de olhar”.
Mas, em Portugal, nem tudo aconteceu como o esperado. “Ele quis ir, tinha aquele sonho de estar na Europa. A estrutura é uma das melhores do mundo. Só que acho que a adaptação do Everton não foi legal. Tanto com a família, quanto no clube”, contou Soares.
“Ele chegou em um clube em que, dois meses depois, o presidente foi preso. Os vestiários do Benfica eram acirrados, separados. Isso ele que sabe, mas a gente via na imprensa. Ele não estava em um time que deu liga”, continuou o pai do jogador.
O Flamengo fez uma primeira investida por Everton ainda no início do ano, mas sem sucesso. “Surgiu o interesse do Flamengo e, de antemão, não quis nem escutar, porque tinha Champions (League) ainda, tinha final da Taça (de Portugal) e o Campeonato Português.”
Ao final da temporada, no entanto, Everton pareceu decidido. “Quando terminou, na vinda para casa, ele, dentro do avião, sentado do meu lado, me disse: ‘Pai, vou voltar para o Brasil’, ‘Vai para onde?’ ‘Para o Flamengo. O que o senhor acha?’ ‘Você vai estar em um gigante mundial. A decisão que tomar, sua família estará ao seu lado’”, relembrou o pai.
“Ele estava sentindo falta do carinho da torcida. Foi no CT (do Flamengo), e os torcedores pedindo para bater foto, elogiando ele. Ele olhou para mim e disse: ‘É disso que eu estava sentindo falta’. Ele está muito feliz mesmo, e tenho certeza que vai dar liga esse casamento”.
Só que antes do casamento, o namoro entre Everton e Flamengo começou há bem mais tempo. Para Soares, quando o atacante ainda vestia a camisa do Grêmio.
“Eu estive com ele na apresentação do CT, e alguns funcionários me disseram que o namoro tinha mais de um ano. O Marcos Braz é fã do Everton, e era um sonho de consumo dele. Eu acho que o namoro começou desde o Grêmio, quando o Everton sempre fez grandes jogos contra o Flamengo. E virou realidade.”
O Flamengo não foi o único clube que tentou contratar Cebolinha. Antes da ida ao Benfica, o Everton, da Inglaterra, teve interesse no jogador, que recebeu uma ligação de ninguém menos do que Carlo Ancelotti, então técnico da equipe e hoje no Real Madrid.
“O estafe do Ancelotti falou com o Márcio (Cruz, empresário de Everton) e perguntou se poderia passar o número dele, porque uma pessoa queria ligar para ele. Ele ficou assustado com quem era, porque era o Ancelotti. Foi legal, um lance inusitado”, lembrou o pai. “Eu estava do lado dele e apareceu. Ele já sabia quando apareceu. Clicou, era o Ancelotti, com um intérprete do lado. Ele disse que gostava muito do estilo de futebol dele e queria contar com ele no Everton. Foi quase. O problema é que o Everton só poderia gastar um certo valor, e ele estava bem acima. Mas ele estava muito confiante que iria para a Premier League. Era um sonho, ainda mais jogar com o Ancelotti”, complementou.
Falando em sonho, Soares não tem nenhuma dúvida em relação ao maior deles em 2022: ver o filho novamente defendendo a seleção brasileira, agora na Copa do Mundo do Qatar. Foi com esse plano em mente que Everton aceitou o desafio de defender o Flamengo.
“A volta dele ao Flamengo faz parte desse sonho. De realizar esse sonho, recuperar a boa forma dele. Ele está feliz. O sonho está bem vivo. Temos planos de estar no Qatar em novembro”, revelou o pai, que não vê o filho com a camisa verde e amarela desde a final da Copa América de 2021, perdida para a Argentina no Maracanã.
Ansioso com a provável estreia de Cebolinha nesta quarta-feira, o pai só deseja “tudo de bom” para o filho com a camisa do Flamengo. E sabe que o sucesso pelo time rubro-negro pode levar a voos ainda maiores no futuro – algo que Soares já enxerga. “Brasil campeão do mundo, Cebolinha fazendo o gol do título. Assim que eu vejo”.
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