Na última quarta, o Flamengo venceu o São Paulo por 3 a 1 no Morumbi e, nesta quinta, a CBF divulgou os áudios do VAR. O principal lance analisado foi o toque de mão de Arrascaeta no lance do segundo gol rubro-negro, e a entidade concordou com a decisão de campo. Além deste, outras duas jogadas foram checadas.
O lance com o uruguaio aconteceu bem no início da jogada que resultou o gol de Gabigol. Como procedimento padrão, houve a checagem para validar o gol. O árbitro de vídeo Rodrigo Alonso Ferreira conversa com o árbitro de campo Anderson Daronco e entram em acordo quanto a legitimidade do lance.
— Pode checar isso aí, Dalonso. Eu não vejo esse toque de mão pois estou atrás do corpo -, pediu o árbitro de campo para a cabine do VAR, que atendeu a solicitação:
— Anderson (Daronco), checamos. A mão está próxima ao corpo, colada ao corpo. Bate na barriga e na mão depois. Depois, tudo limpo. Pode confirmar o gol -, analisou o árbitro de vídeo.
A regra aplicada neste lance é a de número 12, denominada como “tocar a bola com a mão/braço”. Para esclarecer as questões, a descrição da medida reforça: “fica definido que o braço tem início na parte superior da axila, como está demonstrado na figura ilustrativa. Nem todo toque da bola na mão/braço de um jogador é uma infração”, diz a regra.
Outros dois lances com checagem divulgada:
- Suposto pênalti de Everton Ribeiro em Patrick: VAR afirmou que o jogador rubro-negro tocou primeiro na bola e depois houve choque pé com pé. Desta forma, concordou com a decisão de campo de não assinalar pênalti para o São Paulo.
- Suposto pênalti de Rodrigo Nestor: VAR afirmou que a bola, chutada por Everton Ribeiro, tocou no cotovelo do jogador são-paulino, que estava colado ao corpo. Desta forma, concordou com a decisão de campo de não assinalar pênalti para o Flamengo.
Veja a Regra 12:
“Será uma infração se um jogador:
– Tocar a bola com sua mão/braço deliberadamente. Por exemplo, deslocando a mão/braço na direção à bola;
– Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido;
– Marcar um gol na equipe adversária: diretamente do toque da bola em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente, inclusive o goleiro; ou imediatamente após a bola tocar em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente.”
Retirado de: Globo Esporte