Pedro teve noite histórica no Estádio José Almafitani. Destaque maior dos 4 a 0 sobre o Vélez, o artilheiro do Flamengo tinha “direito” à bola do jogo, mas não a levou.
Tradição vinda da Europa, a bola como presente ao jogador que marca três vezes numa partida também se tornou costume na América do Sul. Ciente disso, após o jogo, Pedro deixou o gramado com o prêmio de melhor em campo debaixo de um braço e a bola no outro. Quando entrou no túnel que levava os atletas aos vestiários, perdeu o presente.
Um funcionário do Vélez tomou a bola sob o argumento de que o material pertencia ao clube mandante. O diretor executivo do Flamengo, Bruno Spindel, entrou na jogada e acionou Aldo Gioia, uruguaio que atuou como delegado da partida.
— Veio alguém e meio que roubou a bola de mim. Falei: “Me dá, eu fiz três gols”. O cara brigou lá e não quis devolver. Faz parte. Vou tentar pegar uma com o roupeiro do Flamengo – contou Pedro.
Gioia, visto como um cavalheiro pelo Flamengo, foi ao vestiário adversário com o intuito de recuperar o “troféu do artilheiro”. Nada feito.
Se Pedro não levou a bola do jogo para o Rio, ele se destacou no castigado gramado do José Almafitani. Aumentou sua vantagem como artilheiro da Libertadores e igualou os 11 gols que Zico e Gabigol registraram em 1981 e 2021 respectivamente.
De quebra, ainda empatou com Gabigol como artilheiro da equipe na temporada. Ambos têm 23 gols. Pedro em 49 jogos, Gabigol em 52.
Retirado de: Globo Esporte
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