Jogadores do Flamengo buscaram informações sobre a postura de Vitor Pereira com o grupo do Corinthians após a publicação de notícias dando conta que o relacionamento entre as partes não era bom. As conversas com os corintianos deixaram os flamenguistas em estado de alerta.
Logo que o Flamengo avançou no nome do português, foram feitos os primeiros contatos entre atletas das duas equipes. Os rubro-negros ficaram a par de alguns episódios, e críticas públicas primeiramente a Róger Guedes e depois a Cantillo pegaram muito mal dentro do elenco corintiano.
Após as conversas com amigos do Corinthians, os jogadores do Flamengo ficaram preocupados, principalmente após o término de uma relação excelente com Dorival Júnior.
Se no Flamengo praticamente todos os jogadores fizeram postagens em homenagem a Dorival e interagiram com ele no vídeo em que se despediu do clube, já na última publicação de Vitor como técnico do Corinthians não houve adesão de nenhum dos seus ex-comandados.
Por outro lado, apesar de estarem em alerta sobre a questão do relacionamento, existem atletas que gostam do estilo de jogo do português, que, com material humano à disposição, tem por hábito pressionar no campo de defesa dos adversários e evitar o espaçamento das linhas.
Em entrevista após o Corinthians tomar conhecimento de que pegaria o Boca Juniors nas oitavas de final da Libertadores, Vitor deu longas explicações sobre Róger Guedes, que vinha de três partidas consecutivas no banco de reservas. O português disse que, com o respaldo do presidente Duílio Monteiro Alves, não teria pudor em expor posturas que vinham lhe incomodando.
— Já tive uma, duas, três conversas. Ele (Róger) é quase um filho, é boa pessoa, bom menino, mas se você tem uma, duas, três conversas e não vê alteração nenhuma, depois ele só acredita nas ações. Com meus filhos é igual. Falam que estudam, não estudam, se não vejo resultados, ou mostra ou não mostra. Hoje estou convencido no caso do Róger.
— Fica a sensação que eu sou o mal por exigir o melhor para o clube, para colocar todos no mesmo nível, para lutar, ser competitivo, eu que sou mal. Isso não posso aceitar. Dizem que não tinha a necessidade de expor, mas chega a altura que precisa expor. Toda vez sou cobrado como se eu estivesse mal e ele, bem. Ele e os outros – afirmou Vitor em 27 de maio.
A exposição incomodou não só apenas pela quebra “regra de que o acontece no vestiário nele fica”, mas também fato de pessoas do dia a dia corintiano nunca terem conseguido abertura para conversas individuais, como as que foram citadas por Vitor.
Grande parte dos atletas e pessoas próximas ao grupo enxergam a relação deles com Vitor Pereira como algo que foi “muito profissional” e distante. Não havia espaço para conversa na salinha do treinador ou para opiniões em cima de esquema tático.
Outro caso conversado entre atletas de Flamengo e Corinthians foi uma coletiva em que Vitor Pereira explicou por que não havia levado Cantillo para o jogo com o América-MG. Na resposta, a exemplo do que fizera com Guedes, cobrou evolução nos aspectos físico e comportamental.
— O Cantillo sabe por que não veio. Tive uma conversa com ele. Tem que melhorar seu comportamento em treinos, ser mais competitivo. Tem que lutar por seu espaço, se for mais competitivo, melhorar os índices físicos, terá oportunidade. Terá que voltar a competir – afirmou após a derrota por 1 a 0 para o Coelho, em 18 de setembro.
Outro jogador exposto durante a temporada foi o meia Luan, que disputou a reta final da temporada no Santos. As cobranças, porém, não tiveram repercussão negativa no grupo, já que o atleta não dava respostas.
A entrevista pós-final da Copa do Brasil com o Flamengo também não foi bem digerida no elenco. Vitor contemporizou quanto à escalação de Lucas Piton como ponta-esquerda, opção que não deu certo num primeiro tempo de domínio rubro-negro no Maracanã. Alguns atletas esperavam um mea-culpa em relação à improvisação e não apenas palavras lamentando a derrota nos pênaltis.
De acordo com relatos de quem viveu o 2022 do Corinthians, Vitor Pereira não buscou um relacionamento mais próximo, e tal situação não é novidade no Flamengo. Com elenco experiente, muitos rubro-negros já viveram algo semelhante.
O próprio relacionamento com Paulo Sousa, compatriota de Vitor, foi estritamente profissional.
Um outro português, porém, pode encurtar essa distância entre Vitor e o plantel. Preparador físico do Flamengo na era de Jorge Jesus, Mário Monteiro tem volta encaminhada ao clube e para trabalhar na comissão permanente.
Mário é um profissional muito querido dentro do Flamengo e, a exemplo de Jorge Jesus, sempre teve relação muito próxima com jogadores e funcionários.
Com um compatriota como aliado, elenco consolidado e cenário de otimismo após os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil, Vitor Pereira tem chance de iniciar sua relação com as taças no futebol brasileiro. É questão de encaixe tático e administração inteligente de um grupo vencedor.
Retirado de: Globo Esporte
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