Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello foi sincero sobre a possibilidade da criação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube rubro-negro. Em entrevista ao ‘Mundo GV Podcast’, o antigo cartola explicou que a boa situação econômica atual do Rubro-Negro pode pesar na decisão.
— A SAF é um modelo possível, foi o modelo que clubes como Cruzeiro, Botafogo e Vasco adotaram porque estavam em uma situação absolutamente de premência. Se não adotam o modelo da SAF, poderiam ter tido problemas sérios. Foi importante nesse sentido. Mas, para o Flamengo, por exemplo, acho que não há necessidade de pensar nisso tão cedo, afirmou.
A partir de 2013, Bandeira de Mello liderou uma revolução financeira no Flamengo. Após assumir a gestão atolada em dívidas na casa dos R$ 750 milhões, sendo R$ 400 milhões em encargos fiscais, o cartola promoveu um choque de gestão.
Passou a cortar custos e a diminuir drasticamente a folha salarial, trocando medalhões por nomes bastante modestos. Pouco mais de dez anos depois, o clube vive uma situação financeira privilegiada, com faturamento de R$ 1,082 bilhão em 2022.
Além disso, conseguiu obter grande retorno esportivo com vários títulos importantes a partir de 2019: Brasileirão, CONMEBOL Libertadores, Copa do Brasill e Campeonato Carioca.
— O Flamengo fez todos seus deveres de casa enquanto clube associativo. Mas, para outros clubes, acredito que pode ser avaliado, o clube que quer captar o aporte de um investidor, para tentar mudar de patamar. É uma fonte de financiamento importante e possível. Mas, no caso do Flamengo, que estão falando de criar, creio que temos que ser muito criteriosos e ver o que existe por trás às vezes. O Flamengo hoje não tem menor necessidade de mudar seu modelo, afirmou o ex-cartola.
Retirado de: ESPN