Veja quanto o Flamengo irá faturar com a nova divisão de cotas de TV

Rodolfo Landim em entrevista coletiva no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

A Libra (Liga do Futebol Brasileiro) aprovou, no início de março, uma nova divisão de dinheiro de TV para o Brasileiro a partir de 2025. O modelo teve concessões de Flamengo e Corinthians para reduzir a diferença para os clubes que menos ganham, mas lhes dá garantia de manter as receitas atuais. O grupo agora divulgou como são as regras de distribuição das receitas que deixam a distância entre os clubes em um máximo de 3,34 vezes na fórmula definitiva.

O sistema será implantado em todo o Brasileiro se houver um acordo com os clubes da Liga Forte Futebol. A LFF tem ainda questionamentos ao modelo da Libra, como as garantias para Flamengo e Corinthians, o percentual da Série B e o período de transição.

Estão dentro da Libra clubes como Flamengo, Vasco, Botafogo, Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Cruzeiro e Grêmio.

O modelo divulgado pela Libra prevê duas fases com divisões de receitas diferentes. Cada fase depende da arrecadação da Liga. Na fase de transição, Flamengo e Corinthians têm a garantia de manter os valores atuais recebidos. Diz o texto da Libra:

— Transição do modelo atual para o futuro sem que qualquer clube tenha queda de receita em beneficio dos demais. Clubes que fazem a maior concessão na formação da Liga (Flamengo e Corinthians) são resguardados pela cláusula.

Se a receita da Série A for menor ou igual à temporada 2022, Flamengo e Corinthians manterão os percentuais de receitas do ano passado. Se os valores forem superiores, os dois clubes só mantêm os valores absolutos, isto é, quanto ganham atualmente em milhões. Os outros clubes crescem percentualmente.

Pelas regras expostas, o modelo de transição prevê a divisão de receita de 40% igual, 30% por performance esportiva e 30% de audiência. Esse modelo valeria por cinco anos ou até se atingir o valor de R$ 4 bilhões de receita total da Liga. O que vier primeiro.

No modelo definitivo, a distribuição de receita é de 45% igual, 30% por performance e 25% por audiência. Assim, é reduzida a diferença de quem está no topo até quem está embaixo para a proporção de 3,34 vezes. A LFF defende um máximo de 3,5 vezes.

Em comparação com o modelo de divisão de receita do Brasileiro, baseado em contratos individuais, a Libra informa que 30% é distribuído de forma igualitária, 22% por performance e 48% por audiência.

A Libra apresentou uma tabela de simulação do que seria a distribuição de dinheiro em 2021 caso já valesse essa fórmula. Neste caso, não há garantia porque foi considerado o cenário com R$ 4,25 bilhões de receitas, esta é a estimativa do grupo para arrecadação com todas as vendas comerciais da Liga do Brasileiro.

Pela tabela, o Flamengo ganharia R$ 398 milhões, o Corinthians, R$ 355 milhões, o São Paulo, R$ 305 milhões, o Palmeiras R$ 294 milhões, o Fluminense, R$ 264 milhões. O time com menor receita seria o Cuiabá, com um total de R$ 119 milhões. Veja a tabela completa.

Essa simulação é com o cenário mais extremo. “Simulação captura o cenário mais distante possível entre primeiro e último colocados”, diz a Libra.

Clubes da Libra e da LFF já tiveram uma reunião entre clubes para conversar sobre um possível acordo. O encontro foi classificado pelas duas partes como amistoso. Ainda há discordâncias entre os dois lados sobre o modelo de divisão.

Retirado de: UOL