As bolinhas do sorteio da Libertadores de 2023, que acontece nesta segunda-feira, às 21h (de Brasília), em Luque, no Paraguai, serão decisivas para Fluminense e Flamengo. Não apenas para saber seus grupos, mas para entender como chegarão fisicamente no jogo de volta da final do Campeonato Carioca. Obrigatoriamente estreando fora de casa na competição internacional, a partida acontece na mesma semana da decisão. Por isso a preocupação.
O que você precisa saber sobre o sorteio da Libertadores:
- Flamengo e Fluminense podem ter pedreiras no meio da semana da final do Carioca;
- Por estarem nos potes 1 e 2, obrigatoriamente irão estrear fora de casa na Libertadores;
- Flamengo pode enfrentar Bolívar e The Strongest, a mais de 3.500 m acima do nível do mar;
- Rubro-negro tem Argentinos Juniors e Alianza Lima como acessíveis para logística;
- Fluminense pode ter que viajar até a Colômbia para enfrentar o Independiente Medellín;
- Tricolor tem o Liverpool, do Uruguai, como acessível para logística.
A ida da final acontece dia 1º de abril e a volta no dia 9. No meio da semana, Fluminense e Flamengo estreiam na Libertadores. Por estarem nos potes 1 e 2, eles abrem a trajetória na competição fora de casa, por determinação da Conmebol. Ou seja, terão que viajar. Há clubes tranquilos de se enfrentar, assim como há pedreiras. Mas a maior preocupação não é técnica, mas sim de logística.
Rubro-negros e tricolores se preocupam em percorrer longas distâncias, enfrentar altitudes ou ter que viajar de ônibus dentro dos países da América do Sul a poucos dias da decisão do Campeonato Carioca. O jornal ‘O Globo’ mostra os melhores e piores cenários para cada um deles.
Problemas do Flamengo
No pote 3, que sairá o adversário do Flamengo, o melhor para se enfrentar em termos de logística é o Argentinos Juniors, que traria uma viagem tranquila de 3h para Buenos Aires, na Argentina. O problema é ele também ser um dos rivais mais complicados. Também há facilidade no voo direto para Lima, no Peru, caso enfrente o Alianza Lima, mas a distância aumenta para 5h.
Outro peruano possível é o Melgar, mas obrigaria uma viagem até Arequipa, que tem 2.335 m acima do nível do mar. Por falar em altitude, o pote 3 conta com os temidos Bolívar e The Strongest, ambos da Bolívia, que fariam o rubro-negro viajar para mais de 3.500 m acima do nível do mar. E o Aucas, do Equador, também tem a seu favor os 2.850 m de Quito.
Entre os venezuelanos, a ida para enfrentar o Metropolitanos acontece dentro das 6h de avião até Caracas. Mas se enfrentar o Monagas, fará o mesmo trajeto, com mais algumas horas de avião dentro do próprio país até chegar em Maturín, onde o clube manda as suas partidas.
Problemas do Fluminense
No pote 4, onde está o Fluminense, o cenário é parecido. As viagens mais fáceis se dividem em duas possibilidades: trazem os adversários mais difíceis ou os mais acessíveis. Do lado complicado, está o Atlético-MG, em Belo Horizonte, e o Cerro Porteño, em Assunção no Paraguai. No mais tranquilo, está o Liverpool, do Uruguai, que deve mandar seus jogos no Centenário, em Montevidéu, e o Sporting Cristal, que atua em Lima, no Peru. Voos diretos resolvem ambas as situações.
Os piores cenários seriam enfrentar os colombianos, chilenos ou argentinos. O Independiente Medellín, da Colômbia, manda seus jogos em Medellín. Além de ser um adversário forte e tradicional no país, que provavelmente lotará o seu estádio, é o mais distante em termos de voo: 7766 km e mais de 6h de viagem. Já o Deportivo Pereira, também da Colômbia, exige uma viagem para Bogotá e um trajeto de ônibus para chegar no estádio.
O Ñublense, do Chile, exige um voo até Concepción, além de duas horas de ônibus até Chillán, onde o clube deve mandar seu jogo. Já o Patronato, da Argentina, repete o que o Fluminense fez para enfrentar o Unión pela Sul-Americana do ano passado: viagem de avião até Buenos Aires e três horas de ônibus até Santa Fe.
Retirado de: O Globo