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Flamengo vê Gerson pronto fisicamente para decolar em 2023

Gerson voltou ao Flamengo em janeiro com pompa e circunstância. A negociação foi fechada em 16 milhões de euros, uma das maiores do clube e também das mais festejadas em função da identificação e idolatria criadas na primeira passagem. Até o momento, porém, o Coringa não vingou. A expectativa dentro do Ninho é de que isso mude agora porque, em análise interna, o camisa 20 enfim está pronto para apresentar o seu melhor fisicamente devido a dois fatores: readquiriu ritmo de jogo e está 100% recuperado da lesão no tornozelo direito, sofrida contra o Volta Redonda.

Recuperação atrapalhada por pancadas

O atleta de 25 anos foi informado nesta semana pelo Flamengo que está pronto para desempenhar o melhor de si no aspecto físico. A reabilitação em relação ao problema no tornozelo direito foi um pouco mais demorada porque Gerson, que ficou de fora do primeiro jogo da Recopa Sul-Americana, atuaria no sacrifício na partida de volta, no Maracanã – entrou aos 27 minutos do segundo tempo.

Após a derrota para os equatorianos do Independiente del Valle, deixou o Maracanã mancando bastante e com uma bolsa de gelo sobre o tornozelo. Cinco dias depois, no domingo, voltaria ao mesmo estádio para enfrentar o Vasco. Levou duas pancadas de Jair na região durante derrota por 1 a 0, mas ficou os 90 minutos em campo.

Na quarta seguinte, encarou o Fluminense (derrota por 2 a 1), e, em dividida com o Pirani foi acertado no mesmo lugar. No final do jogo, perdeu a cabeça e chutou o adversário no chão. Levou amarelo e ficou fora da primeira partida da semifinal.

Logo no início de novo confronto com o Vasco (vitória por 3 a 1), aos 23 minutos, foi atingido por Alex Teixeira. De personalidade avessa a fazer fita em campo, Gerson se contorceu na maioria das pancadas que levou e chegou a demonstrar expressão de angústia com a sequência de entradas duras recebidas.

Esses 13 dias entre a vitória sobre o Vasco e o primeiro jogo da decisão com o Fluminense são aproveitados pela comissão do Flamengo para deixar Gerson inteiro, na ponta dos cascos. Até porque o déficit físico não é decorrente somente da lesão e das pancadas.

Ritmo de jogo em dia após fim conturbado na França

Se o plantel do Flamengo teve longas férias de 2022 a 2023, Gerson também perdeu muito na questão do ritmo de jogo. A briga com o croata Igor Tudor, seu último treinador no Olympique, fez com que o Coringa atuasse em apenas 18 minutos entre 12 de outubro e 13 de novembro, período no qual seu time jogou oito vezes.

A última partida que havia iniciado como titular fora contra o Ajaccio (jogou 56 minutos). Depois disso, começou no banco em sete partidas, entrou 27 minutos do segundo tempo de empate com o Strasbourg (2 a 2) e aos 45 da etapa final do clássico com o Lyon (1 a 0).

O Coringa já era carta fora do baralho de Tudor, tanto que nem foi relacionado para o último dos oito jogos antes do recesso para a Copa do Mundo. Recebeu autorização para a viajar ao Brasil no fim de semana em que o OM enfrentaria o Monaco. Chegou ao Rio em 12 de novembro.

Durante o período de recesso, não treinou. Voltou à França no início de dezembro, quando já negociava com o Flamengo. Como Tudor não o relacionou para a pré-temporada em Marbella, na Espanha, teve que treinar sozinho durante um mês até o Rubro-Negro acertar seu retorno oficialmente. Tal isolamento resultou em mais perdas físicas.

Gerson fez sua reestreia pelo Flamengo em 15 de janeiro e participou de 75 minutos da goleada por 4 a 1. Para se ter uma noção, o Coringa não passava dos 30 do segundo tempo desde 7 de agosto, quando o Olympique goleou por 4 a 1 o Reims em sua estreia no atual Campeonato Francês.

Após ser substituído em quatro dos cinco jogos que antecederam o Mundial, competição na qual foi expulso no fim do primeiro tempo, Gerson emplacou suas duas primeiras partidas completas no retorno ao Flamengo nas últimas rodadas da Taça Guanabara, nas derrotas para Vasco e Fluminense.

Na semifinal do último dia 19, voltou a ser titular, teve atuação segura e saiu aos 30 minutos do segundo tempo.

Nessas 11 primeiras partidas, Gerson não esteve nem perto do jogador que se transformou em ídolo histórico da torcida do Flamengo. As últimas semanas, porém, trazem a esperança de que o Vapo “execute” de vez a fase discreta e volte a ser protagonista no clube do coração.

Retirado de: Globo Esporte

Equipe Gávea News

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