Não se pode dizer que a lesão que vai tirar Arrascaeta de ação no Flamengo é fruto de uma fatalidade. O meia convivia com um problema no púbis desde o ano passado e não fez uma pré-temporada adequada para que conseguisse curar a lesão em definitivo.
O resultado foi um dano ainda mais grave, no adutor da coxa esquerda, musculatura conectada ao púbis, que estourou na semifinal do Carioca contra o Vasco. A sequência de jogos decisivos desde janeiro, com Supercopa, Mundial e Recopa, prejudicaram a recuperação de Arrascaeta.
O uruguaio foi a campo nas três finais e nos último quatro clássicos do Estadual. Atuou em 14 dos 18 jogos do Flamengo na temporada, e foi mantido na equipe mesmo sem render o esperado. Do total de partidas, nove foram do Campeonato Carioca, cinco contra equipes de menor investimento.
Arrascaeta só foi cortado mesmo pela seleção do Uruguai, que depois do jogo contra o Vasco tirou o meia da lista de amistosos, já ciente de que o problema era grave.
Tentativa de zerar problema
Depois da disputa da Copa do Mundo, o meia ficou em repouso total antes de voltar para a pré-temporada no Flamengo, mas com o retorno passou a sofrer novamente com a lesão.
Após a classificação diante do Vasco, o técnico Vítor Pereira admitiu que Arrascaeta estava com dificuldades físicas antes mesmo do intervalo do clássico no Maracanã, e que jogou no sacrifício.
— Foi dúvida para o jogo, fez exames. Por ser uma semifinal, arriscamos um pouco, conversamos com ele, que decidiu arriscar. Mas durante o jogo as dores foram aumentando, disse o técnico.
— No intervalo, já estava com dificuldades, foi para o segundo tempo, as dificuldades continuaram e, em determinada altura, tivemos que substituí-lo, completou Vítor Pereira.
Arrascaeta admitiu algumas vezes que não estava rendendo nem física nem tecnicamente. Esteve abaixo na maioria de suas apresentações. E sabia que as lesões estavam atrapalhando.
Retirado de: Extra