O Flamengo viveu uma noite para esquecer na goleada de 4 a 1 do Fluminense na final do Campeonato Carioca no domingo. Ela será, porém, ainda lembrada nesta segunda-feira (10), quando reuniões nos bastidores devem definir o futuro do técnico Vítor Pereira.
Apesar do pouco tempo de trabalho, depois de quatro títulos perdidos (Mundial de Clubes, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e agora o Carioca), o treinador enfrenta a ira da torcida, mas a direção rubro-negra preferiu não tomar qualquer decisão “de cabeça quente”.
O termo foi usado por Marcos Braz, vice-presidente de futebol, que reconheceu que o Flamengo “precisa rever alguma coisa”, mas que isso não seria feito ainda na noite de domingo. É um roteiro semelhante ao que antecedeu a demissão de outro estrangeiro: Domenec Torrent.
Em novembro de 2020, o Flamengo também sofreu quatro gols, mas diante do Atlético-MG, em derrota por 4 a 0 no Mineirão pelo Campeonato Brasileiro. Domenec só cairia no dia seguinte, mesmo tendo o apoio de Braz. O presidente Rodolfo Landim estava decidido pela demissão.
É curioso porque o discurso do ex-auxiliar de Pep Guardiola foi bastante semelhante ao de Vítor Pereira após a goleada, no domingo, sem dar qualquer indício que a saída do cargo se avizinhava.
“Acredito no nosso trabalho. Nada vai mudar para mim. Não vou perder nem um segundo de tempo com o que não posso controlar. Não posso controlar o que acontece fora, o que eu posso controlar é melhorar os jogadores”, disse ele, na ocasião, em fala parecida com a do colega português.
“Vocês sabem que não sou eu… é o clube que define. É o clube que toma a decisão, não eu. Eu vim para o Flamengo no sentido de trabalhar e melhorar a equipe. De construir uma equipe forte. E estou convencido de que é possível. Agora vamos trabalhar”, afirmou VP, no Maracanã.
Em 2020, foi também uma reunião com Braz, na segunda, que colocou fim à passagem de Domenec Torrent no Rio de Janeiro. No momento em que o Flamengo publicou em suas redes sociais o comunicado da demissão do treinador, os dois ainda estavam juntos.
Outra semelhança com o cenário atual com Vítor Pereira é que o espanhol também estava protegido em contrato por uma multa milionária: algo próximo de R$ 13 milhões, valor similar ao que também é previsto caso o Flamengo opte por demitir seu atual comandante.
Há pouco menos de três anos, o dinheiro não foi obstáculo, e os maus resultados em campo falaram mais alto. Vítor Pereira agora aguarda para saber se o final de sua história será o mesmo…
Retirado de: ESPN
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