Em esforço por Jorge Jesus, Flamengo descarta salário absurdo e busca garantia

Jorge Jesus durante coletiva de imprensa (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

As primeiras conversas entre dirigentes do Flamengo e Jorge Jesus foram promissoras para um possível acerto entre as partes. O treinador indicou que gostaria de voltar, o clube ficou de analisar se poderia esperar sua o fim do contrato dele no Fenerbhaçe em maio. Mas a questão financeira ainda não está na mesa e costuma ser relevante nesta negociação, além de a necessidade de uma garantia de que ele de fato retornaria ao Rubro-negro.

Já há uma certeza no Flamengo de que se fará esforço inclusive financeiro para ter de volta o Jesus da temporada mágica de 2019. Mas descarta-se de forma veemente aceitar uma proposta absurda salarial.

As conversas financeiras ainda não começaram porque ainda se negocia se o retorno do técnico é possível. O clube rubro-negro tem dinheiro, inclusive em caixa, e o espaço da saída de Vitor Pereira no orçamento, mesmo tendo pago multa.

Em seu primeiro contrato no Flamengo, Jesus recebia entre 3 e 3,5 milhões de euros por ano. Havia, no entanto, valores por premiação por títulos. Por isso, seus ganhos foram quase a 6 milhões de euros no ano do título da Libertadores e Brasileiro.

Depois, houve a renovação e o contrato de Jesus foi para algo próximo de 4 milhões de euros. O Flamengo não tem um valor definido do que vai oferecer ao técnico e haverá esforço financeiro por ele. Mas certamente não se aceitará um valor que seja o dobro ou com reajuste significativo sobre esses valores, isto é, no patamar de grandes times europeus.

A ideia da diretoria é que o principal motivo para Jesus voltar seja a possibilidade de voltar à glória conquistada no clube, à forma como era querido pelos torcedores. Esse é o trunfo dos dirigentes rubro-negros.

Outro ponto importante na negociação é, se o Flamengo aceitar esperar por Jesus até a saída da Turquia, espera-se garantias por escrito, um pré-contrato. No clube, dirigentes não esquecem que ele disse que ficaria no clube e acabou saindo para o Benfica em 2020, nem que descumpriu uma promessa feita a Landim sobre as luvas.

Não é só o presidente do Flamengo que lembra da negociação como uma jogada de Jesus para levar vantagem sobre clube. Boa parte dos dirigentes da atual gestão tem essa mesma opinião e já houve debate sobre o assunto enquanto há esta nova tentativa do retorno do treinador.

Retirado de: UOL