Flamengo

Áudio vaza e opinião de Rodolfo Landim, do Flamengo, sobre Jorge Jesus torna-se pública

A reunião do Conselho Deliberativo na última terça-feira foi bem movimentada – há quem diga que foi a mais agitada em um passado recente no Flamengo. Contou com a presença do presidente Rodolfo Landim, que ouviu algumas vaias direcionadas a seu departamento de futebol. Jorge Jesus também foi pauta. O Globo Esporte teve acesso ao áudio do discurso do dirigente. Landim, além de defender sua diretoria, assumiu a responsabilidade pelas últimas decisões do futebol.

Segundo o presidente, o treinador tem mais a agradecer ao clube carioca do que o clube carioca precisa agradecer a ele. Além disso, Landim fez questão de relembrar os títulos conquistados depois de 2020, assim como pontuou que o português não conquistou mais nada. O Flamengo acertou com Jorge Sampaoli após demitir Vitor Pereira.

Declaração completa de Rodolfo Landim

Eu quero que as pessoas saibam que não foi possível (o retorno de Jesus). Ele está disputando o campeonato dele (na Turquia). Eu conversei com ele por telefone. Ele não tem a menor chance de vir antes do campeonato e ainda disputa a semi da Copa da Turquia, que ainda não tem data marcada e a final deve ser marcada para depois de maio. Não tem a menor hipótese dele vir. (…) Eu até conversei com ele para sondar a possibilidade dele poder vir.

Afinal, quando ele quis sair do Flamengo, ele saiu do Flamengo. Ele poderia também querer sair de lá e vir para cá se ele tivesse essa vontade e esse amor todo pelo Flamengo.

Óbvio que ele tem que fazer as contas dele e fazer a história dele lá. Quando as decisões têm que ser tomadas, elas são tomadas. Eu tenho um respeito muito grande pelo Jorge Jesus. Eu agradeço muito a ele pelo fato dele ter trabalho aqui, mas acho que ele deve agradecer ao Flamengo até mais do que nós agradecemos a ele, por tudo o que também proporcionamos na carreira dele. Eu acho que continuamos dando certo mesmo quando ele saiu, e acho que ele não teve o mesmo sucesso quando saiu daqui.

É óbvio que quando a coisa não vai bem, nós temos que tomar decisão. A responsabilidade é minha. A responsabilidade não é de ninguém, é minha. A responsabilidade principal deste clube é minha. E isso é indelegável.

Conselheiros fazem questionamento

Alguns conselheiros discursaram por quase 20 minutos com críticas à gestão de Landim e ao desempenho do Flamengo nesta temporada de 2023. Lembraram os títulos perdidos, acusaram a diretoria de “gastar muito e muito mal”, além de rasgarem críticas à atuação dos jogadores contra o Fluminense na final do Carioca.

— Há pouco tempo no Maracanã a gente cantava “Ih, Libertadores qualquer dia estamos aí”. Nosso sonho era participar de uma Libertadores. O Flamengo tinha 59 anos de história de Libertadores e tinha disputado uma final. Nos últimos quatro anos que eu estive aqui, com essa diretoria de futebol que está sendo criticada, nós disputamos três finais de Libertadores e ganhamos duas. Em 59 anos só havíamos disputado uma. Agora, em quatro anos, nós disputamos três. É o campeonato mais importante. Pasmem, nós somos os campeões da Libertadores hoje. Nós somos os campeões sul-americanos. (…) E com essa diretoria que está aí, nós disputamos quatro campeonatos brasileiros e ganhamos dois. Estou fazendo uma análise estatística. Eu acho que não fomos tão mal assim, né?, disse Landim em uma parte do discurso.

A declaração do presidente aconteceu após algumas vaias e pedidos de “Fora Braz” e “Fora Juan”, ídolo rubro-negro que hoje tem um cargo de gerente no departamento de futebol.

Após assumir a responsabilidade, o presidente saiu em defesa de Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor-executivo). Landim rasgou elogios ao vice-presidente, a quem definiu como ‘homem de confiança’.

— Eu ouço a opinião de todo mundo e sei que todos aqui são rubro-negros como eu. Mas a decisão final é minha. Até que me prove o contrário, o Marcos Braz, se não é o sujeito mais qualificado, ele é um dos mais qualificados. Eu aceito a opinião dos outros, a gente pode concordar em divergir. Mas ele é a pessoa da minha confiança. Eu acho ele excelente dentro do futebol. Ele é um cara que conhece muito. Conhece muito o ambiente de futebol. Eu não acho ele bom, eu acho ele ótimo. Eu acredito que boa parte do sucesso que tivemos é por isso. É do futebol ganhar e perder. E quando a gente perde, e entendemos que não está dando certo, a gente faz mudanças, como já fizemos várias.

— As coisas não deram certo no início do ano? Nós fizemos as modificações que julgamos necessárias. Mais uma vez: eu acredito muito no trabalho da equipe que está lá. Eu não vejo razão para mudar. Eu acompanho de perto o trabalho deles. Se existe um responsável, não é o Marcos Braz ou o Bruno Spindel, sou eu. A minha decisão é que eles vão continuar lá e eu vou continuar trabalhando do jeito que eu estou trabalhando. E acredito que no final do ano a gente vai estar abraçado comemorando mais um título, encerrou o discurso.

Retirado de: Globo Esporte

Equipe Gávea News

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