Jorge Sampaoli tem menos paciência com medalhões no Flamengo 

Jogadores do Flamengo e comissão técnica de Sampaoli em treino no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Sampaoli chegou ao Flamengo com a missão de trocar o pneu com o carro andando, arrumar a equipe entre jogos importantes, e já notou de cara que a potência para isso não é a ideal. Em busca do que chamou de “contundência”, sobretudo no setor ofensivo, tem demonstrado menos paciência que Vítor Pereira na gestão dos medalhões do grupo, até pelo pouco tempo disponível, e tomado decisões mais ágeis em busca de resultado.

Amanhã, com um 2 a 0 contra para o jogo de volta contra o Maringá, no Maracanã, esse pensamento será importante para seguir adiante na Copa do Brasil. Sampaoli indicou que utilizará a dupla Pedro e Gabigol por dentro, com dois homens abertos. Quando o Flamengo não conseguir aliar talento a intensidade, quem não entregar os dois quesitos vai sair. E hoje, este é Pedro.

A capacidade de o técnico ler os jogos e intervir para uma melhoria já saltou ao olhos na derrota para o Internacional, pelo Brasileiro. No primeiro desafio mais complicado, Sampaoli sacou Pedro aos 25 minutos e justificou que a equipe estava “neutra”. Ou seja, se o Flamengo não tiver capacidade de produzir perigo ao adversário, os jogadores que demonstrarem menor capacidade física vão sair.

Mesmo artilheiro da equipe na temporada, com 17 gols em 17 jogos, Pedro teve poucas interações nesta partida, apenas nove, e participou pouco das ações ofensivas. Gabigol, que vive fase bem pior, ao menos foi mais intenso, trocou mais passes (59 interações), ainda que ambos tenham saído de campo dando sinais de pontaria mal calibrada.

Quando Sampaoli diz que naquele momento era um ou outro, não define quem será titular, ou se sempre jogará a dupla. Vítor Pereira adotou estratégia semelhante, mas no início de trabalho manteve os dois. Na final do Estadual escolheu Pedro a Gabigol, mas recuou e caiu.

Retirado de: Extra