Um dos jogadores mais vitoriosos do futebol mundial, com 24 troféus conquistados em sua carreira profissional, David Luiz, xerife do Flamengo, precisou batalhar para realizar seu sonho de ser um atleta profissional.
Se hoje o xerife do Flamengo, campeão da Libertadores e da Copa do Brasil pelo clube em 2022, é um nome consolidado como um dos maiores zagueiros da sua geração, os seus primeiros passos no futebol tiveram que ser firmes para não se deixar cair.
Nascido em Diadema em 22 de abril de 1987, o beque, um dos poucos jogadores do mundo a ter conquistado a Champions League e a Libertadores, foi mandado embora da base do São Paulo aos 14 anos por ser considerado “muito baixo” para sua idade.
Hoje com impressionantes 1,89m, o jogador foi convidado para fazer um teste nas categorias de base do Vitória e se mudou para Salvador, onde passou a morar no alojamento do rubro-negro baiano.
A princípio um volante de marcação, David teve sua dispensa cogitada pelo clube. Longe dos pais e com o futuro incerto no futebol, o jovem pensou em desistir da carreira e voltar para Diadema. Por um acaso, ou como muitos chamam, por puro destino, David precisou ser deslocado para a zaga após a lesão de um colega de equipe e nunca mais saiu da posição.
— Certa vez, estava no banco e um titular se machucou. O técnico perguntou se eu jogava de zagueiro. Respondi que jogava em qualquer posição. Fiz um excelente campeonato na zaga, e o Arthurzinho, que era o treinador do profissional, me deu a oportunidade de treinar no time de cima, contou em entrevista ao Globo Esporte.
Titular absoluto no time que conquistou o acesso para a Série B do Brasileiro em 2006, David quase se transferiu para o Anderlecht da Bélgica, o que não ocorreu por conta de uma derrota por 6 a 0 para o Criciúma na Série C daquele ano.
O infortúnio novamente se mostrou como obra do destino quando, após três meses, chegou uma proposta do Benfica para que o jogador enfim se transferisse para o futebol europeu.
Em sua estreia, o zagueiro voltou a se ver em uma posição difícil. Colocado em campo aos 36 minutos do 2º tempo, em jogo no qual o Benfica vencia o PSG por 1 a 0 pela Taça da Uefa, David viu uma reviravolta no placar que 4 minutos depois já marcava 2 a 1 para a equipe francesa. Humildemente, David reconheceu que os dois gols foram por falhas dele.
“Nossa, vou voltar para o Brasil amanhã”, pensou.
Porém, incumbido mais uma vez de dar a volta por cima, David Luiz foi escalado para o jogo seguinte e conquistou a titularidade absoluta do Benfica, onde passou 5 temporadas e conquistou um Campeonato Português e duas Taças da Liga.
Suas grandes atuações pelo time de Lisboa chamaram a atenção dos principais clubes do mundo. Real Madrid, Manchester United e Manchester City se interessaram pelo jogador, mas foi o Chelsea que arrematou sua transferência por £ 21,3 milhões (R$ 57 milhões à época).
Na equipe inglesa, David viveu uma das suas principais conquistas. Logo na sua temporada de estreia, David conquistou a Liga dos Campeões da Uefa após decisão por pênaltis contra o Manchester United, onde converteu uma das cobranças.
Pelo time de Londres, David ainda foi campeão da Liga Europa em 12/13 e posteriormente, após retornar do PSG, para onde se transferiu em 14/15, conquistou a Premier League de 16/17, a Copa da Inglaterra de 17/18 e uma nova Liga Europa em 18/19.
Anunciado pelo PSG em maio de 2014, David Luiz precisou fazer mais uma vez o que tanto aprendeu: manter-se de pé.
O orgulho destinado a poucos de vestir a camisa da seleção brasileira em uma Copa do Mundo virou vergonha ao participar do fatídico 7×1 sofrido para a seleção da Alemanha em pleno Mineirão. Considerado um dos piores em campo naquela partida, David, à época com 27 anos, saiu da Copa em baixa mas deu a volta por cima ao continuar sua carreira de sucesso na Europa e posteriormente na América do Sul.
Ainda fora do Brasil, onde movimentou £118 Milhões em transferências, David conquistou 2 Campeonatos Franceses, 2 Copas da França, 2 Copas da Liga Francesa e 2 Supercopas da França pelo PSG, onde fez uma dupla afinada com o também brasileiro, e seu parceiro de seleção, Thiago Silva.
Antes de se transferir para o Flamengo, o “cabeleira” jogou também pelo Arsenal, onde também levantou troféus: A Copa da Inglaterra de 19/20 e a Supercopa de 2020.
Pela Seleção Brasileira foram 57 jogos e o título da Copa das Confederações de 2013. E, no campo individual, diversas láureas como a presença na equipe do ano da FIFPRO em 2014, nos onze melhores da Premier League de 16-17 e na Seleção da Copa Libertadores de 2022.
Após 14 anos fora do país, o zagueiro retornou para o Brasil para assinar com o Flamengo, onde foi vice-campeão da Libertadores de 2021 e campeão da mesma competição em 2022, dez dias após ter conquistado a Copa do Brasil.
O zagueiro já fez 72 jogos com a camisa do rubro-negro carioca e é visto com um dos líderes da equipe do técnico Jorge Sampaoli na luta pela conquista do Campeonato Brasileiro de 2023, título ainda inédito e que pode ser a cereja do bolo de uma carreira tão vitoriosa.
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