O Flamengo completou 10 dias sob nova direção. Com Sampaoli no comando, mais do que as vitórias, voltou a confiança dos jogadores, que deram resposta imediata à um nível elevado de cobrança e comando. O cenário lembra um pouco o início de trabalho de Jorge Jesus em 2019.
Em pouco tempo, o treinador argentino conseguiu implementar as suas ideias dentro e fora de campo. Além de recuperar a vocação ofensiva do Flamengo, introduziu práticas disciplinares que devolveu o grupo aos eixos, saindo do ambiente à deriva de Vítor Pereira, que no fim não teve mais conteúdo.
Entre elas, treinos em dias de jogo, treinos no dia seguinte aos jogos, a maioria deles pela manhã. Além disso, limitou a circulação de quem não pertence diretamente ao grupos de jogadores e comissão técnica no vestiário. Antes e depois das partidas, há restrição de funcionários e membros da diretoria.
Outra prática que tem dado resultado é o estímulo à competitividade dos atletas. Não apenas com Gabigol e Pedro, que protagonizam duelo pelo protagonismo do time, mas o técnico procura testar e dar espaço a todos os jogadores do Flamengo.
A ideia é em breve ampliar essa avaliação também a jovens oriundos da categoria de base. Com pouco tempo, Sampaoli não teve oportunidade de acompanhar a maioria deles de perto. Contudo, já relacionou alguns e tem lançado os já integrados aos poucos.
Colocar os atletas em posição na qual rende melhor também é outro ponto que favorece o início positivo do treinador. Gerson é o caso mais emblemático, mas titulares e reservas são usados no esquema de cada partida para potencializar suas qualidades.
— Penso que o time tem que melhorar futebolisticamente. O sistema, para mim, está em segundo plano – avisou Sampaoli, mantendo o nível de exigência alto, e cobrando ainda mais contundência depois de um 8 a 2.
No domingo, o Flamengo terá o clássico contra o Botafogo, pelo Brasileiro, para mostrar que a evolução está só começando.
Retirado de: Extra
