A CBF divulgou nota na noite desta segunda-feira sobre o suposto ato racista de um torcedor no jogo entre Athletico e Flamengo, e afirmou que o primeiro passo é “coletar todos os dados”.
Um torcedor do Athletico imitou um macaco em direção à torcida do Flamengo durante a partida da quarta rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo, na Arena da Baixada. O Furacão venceu o Fla por 2 a 1, de virada.
Na nota, a CBF afirma que irá acompanhar o caso, “mas que não tem poder punitivo nem de polícia e, por isso mesmo, encaminha suas considerações e recomendações ao STJD e à Comissão de Ética, para que sejam tomadas as devidas providências no âmbito desportivo e também perante o poder público e demais instâncias”. Informou ainda que irá convidar os clubes envolvidos a se manifestar sobre o episódio.
Também nesta segunda-feira, a Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), da Polícia Civil do Paraná, informou que irá investigar o caso.
Um vídeo registra um homem de camisa vermelha olhando para o setor superior do estádio, destinado para os flamenguistas. Logo em seguida, o torcedor presente na área atleticana faz o suposto ato racista.
Com relação aos supostos atos de racismo ocorridos em partidas de futebol das séries C (Ypiranga X CSA, no Estádio Colosso da Lagoa em Erechim – RS ) e D (Aimoré x Hercílio Luz, no Estádio João Corrêa da Silveira em São Leopoldo RS), ambos relatados em súmula, e da série A (Brasileirão Assaí), entre Flamengo e Athletico Paranaense, na Arena da Baixada (PR), amplamente propagado pela imprensa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que atua no âmbito desportivo, seguindo protocolos para situações semelhantes às noticiadas no último final de semana.
O primeiro passo é coletar todos os dados disponíveis em torno do fato, entre eles as informações contidas na súmula do jogo, boletins de ocorrência, relatórios e reportagens que destacaram os episódios de racismo.
O clube envolvido também é requisitado a apresentar informações sobre o que foi feito em relação ao fato e sua defesa diante do ocorrido.
Com base nos dados coletados, uma comissão interna da CBF, formada pela Diretoria de Conformidade e Compliance, Diretoria Jurídica e Diretoria de Competições, julga o episódio, dentro dos parâmetros do Regulamento Geral de Competições (RGC).
Vale lembrar que a CBF não tem poder punitivo nem de polícia e, por isso mesmo, encaminha suas considerações e recomendações ao STJD e à Comissão de Ética, para que sejam tomadas as devidas providências no âmbito desportivo e também perante o poder público e demais instâncias.
Retirado de: Globo Esporte
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