Torcedor do Flamengo, Tino Marcos nunca deixou transparecer sua paixão pelo clube carioca. Dessa forma, o ex-jornalista da Globo jamais foi hostilizado pelos rivais, já que o profissional não costumava adotar um tom de clubismo nos momentos de falar sobre o Rubro-Negro. Por conta disso, ele explicou, ao podcast do narrador Garotinho, que “esconder” o time do coração foi uma missão fácil.
Apesar disso, no início da carreira, Tino Marcos se encantou com Zico e deixou de lado o título do Vasco sobre o Flamengo. Como a situação gerou uma repercussão negativa, ele aprendeu que jamais pode deixar de exaltar o principal tema do que acontece em campo.
“Você é assumidamente apaixonado pelo Flamengo. Como foi, durante todos esses anos, não poder mostrar essa paixão pelo Rubro-Negro?”, perguntou Garotinho.
“Não foi difícil. Eu sempre separei muito a condição de repórter de torcedor. Não tem jeito, a gente tem que fazer nosso trabalho em primeiro lugar. Sempre tentei e consegui não transparecer, não dar nenhuma (brecha), nada que interferisse em termos de conteúdo. Isso em relação aos clubes e em relação a quem me trata bem ou mal.”, respondeu Tino Marcos.
“Uma vez, acho que foi em 87 que o Vasco foi campeão carioca, o Zico jogou uma monstruosidade, mas o Vasco venceu. Eu, como repórter iniciante na Globo, acabei dando um espaço que não era oportuno. Fiquei maravilhado com as jogadas do Zico e dediquei um tempo muito grande em uma matéria (que era) para mostrar o Vasco. Foi uma tietagem. Eu senti que eu me deixei levar, não intencionalmente, mas tentando fazer o melhor (…) Eu reconheci isso, mas foi ao ar assim. Houve críticas internas, mas nada grave. Não (ninguém nunca me reconheceu como torcedor do Flamengo). Eu não tenho um sotaque muito marcado pelo carioca, embora seja. Por ter feito a cobertura da seleção por muitos anos, as pessoas me perguntam se eu sou de São Paulo ou Rio Grande do Sul.“, completou.
Dono de grande profissionalismo, Tino Marcos relatou os detalhes sobre o convívio com Dunga. Severo com os componentes da imprensa, o ex-técnico do Brasil respeitava o antigo repórter da Globo, mas a relação não era totalmente amistosa.
“A gente quer a notícia, não está em primeiro plano saber se fui bem tratado ou se não fui bem tratado. Sempre foi muito difícil com o Dunga na seleção. Não é porque ele não dava bom dia ou não queria saber da gente que eu daria uma porrada nesse cara, como eu já vi gente fazendo. A gente tem que construir essa coisa tão preciosa, que é a credibilidade, que é uma construção tão importante para qualquer repórter. Eu sempre tive o respeito dele, pelo fato de quando ele era jogador, ele me conhecer. Eu conheço o Dunga desde a época do Vasco. Ele sempre me tratou com respeito, mas me via como adversário por ser um membro da imprensa.“, recordou.
Retirado de: Torcedores
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