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Proposta bilionária: Rodolfo Landim faz exigências para o Flamengo fechar com grupo dos Emirados Árabes

A diretoria do Flamengo tem questionado veementemente o contrato de Libra feito pelo fundo Mubadala para comprar parte dos direitos do Brasileirão a partir de 2025. A visão é de que a empresa está avançando sobre o patrimônio do clube e teria excesso de poder no negócio. A insatisfação rubro-negra já se espalhou para outros clubes da Libra, e é um dos motivos da saída do Botafogo.

No momento, há uma grande renegociação entre as partes para reduzir os poderes da Mubadala. Ainda há otimismo para o fechamento do negócio, mas isso só acontecerá se houver grandes mudanças no contrato inicial.

A Libra é formada por 17 clubes, entre eles Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio. Mubadala fez ofertas para a compra de uma porcentagem dos direitos (entre 12,5% e 20%) dos brasileiros dessas equipes. A proposta varia entre R$ 1,3 bilhão e R$ 4,750 bilhões dependendo do percentual de direitos e número de clubes.

Houve um pré-acordo assinado (Memorando de Entendimento), mas a negociação de um contrato definitivo foi bloqueada pelo modelo proposto pelo fundo.

Ao analisar detalhadamente o contrato, o Flamengo constatou que Mubadala avançou sobre os ativos dos clubes, incluindo licenciamento de marcas, patrocínios e NFTs que nada tinham a ver com o Brasileirão. Também houve espaço na redação do acordo para interferência em outros campeonatos.

O documento foi visto pelas lideranças rubro-negras como excessivamente vago a fim de abrir uma brecha para que o Mubadala pudesse ir além dos direitos de TV e comerciais do Brasileirão.

Outro ponto que os dirigentes do Flamengo não aceitam é o poder absoluto da Mubadala de negociar os direitos televisivos e comerciais do Brasileirão com a compra de uma fatia. Na visão do clube, a negociação só poderia ser feita com a participação de uma governança dos clubes, atuando e endossando os movimentos mercantilistas.

Houve sucessivos pedidos de alteração do contrato, mas o fundo insistiu no formato original. Esse foi um dos motivos que irritou John Textor, dono do Botafogo, que não via no papel o que era combinado nas reuniões. Ele é próximo do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.

Já o dirigente rubro-negro tem manifestado reclamações junto ao fundo durante as reuniões devido às condições impostas. Ele alertou outros clubes em reuniões sobre os problemas no contrato.

Depois disso, outras associações também começaram a questionar a Mubadala no formato do contrato. Atualmente, há reuniões de 10 a 12 clubes de Libra com o fundo exigindo mudanças no acordo para poder assiná-lo. Nas últimas duas semanas, foram realizados sete encontros. A rejeição ao contrato inicial é quase unanimidade entre os clubes.

Nas negociações, após a pressão, Mubadala passou a indicar concessões, mas os clubes querem ver isso no papel.

Ainda há otimismo para a contratação de 15 clubes – Cruzeiro e Vasco estão fora por enquanto. Mas isso só acontecerá se o acordo for modificado no sentido dos pedidos dos clubes, dando-lhes mais poder e deixando claro os limites do fundo árabe sobre os direitos. Neste caso, um acordo de representação em bloco poderia ser concluído para os direitos dos clubes.

Retirado de: UOL

Equipe Gávea News

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