As movimentações do departamento de futebol do Flamengo no mercado não estão descoladas do que está estabelecido com o departamento financeiro. Enquanto tenta reforçar o elenco — vide o interesse em Claudinho e De la Cruz —, a calculadora e as planilhas não são esquecidas.
O Flamengo finalizou o mês de março com R$ 167 milhões no caixa. Uma posição considerada confortável.
O caixa é importante porque é responsável não só por investimentos imediatos em jogadores, mas para a manutenção do dia a dia do clube (salários, fornecedores e contas, em geral). O Fla não irá zerar o caixa para contratar jogadores.
Ao fim do primeiro trimestre de 2023, o clube tinha R$ 279,5 milhões a pagar referentes a compra de jogadores, sendo R$ 151,5 milhões dentro do período de 12 meses (até o fim de março de 2024). Outros R$ 128 milhões foram parcelados de abril de 2024 em diante.
Por outro lado, o clube tinha ainda ao fim de março R$ 137,6 milhões a receber por negociações. Sendo que R$ 100,7 milhões a curto prazo e R$ 36,8 milhões a longo prazo.
Ou seja, a diferença ao término do primeiro trimestre entre o que o Flamengo teria a pagar e a receber a curto prazo era de R$ 50,8 milhões (mais a pagar do que a receber). Outros R$ 91,2 milhões de diferença eram a longo prazo.
Não necessariamente, porque existem parte das reservas do caixa para amortizar e cumprir as obrigações de momento. Mas a rédea não pode ficar solta.
No orçamento publicado, o Flamengo não revelou quanto pretende gastar com jogadores — até por uma opção estratégica para não perder poder de negociação, já que o outro lado das tratativas pode ficar sabendo até quanto pode “apertar” o Rubro-negro.
O clube está no mercado e já anunciou três contratações (Rossi, Allan e Luiz Araújo), duas com pagamento por direitos econômicos:
Luiz Araújo: 9 milhões de euros (R$ 48 milhões). Sem detalhes de parcelamento divulgados.
Allan: 8,2 milhões de euros (R$ 43,8 milhões). O pagamento do valor total será feito em três parcelas: entrada (3,5 milhões de euros); a segunda em janeiro de 2024 (2,7 milhões) e a última em julho 2024 (2 milhões de euros).
O Flamengo olha para o caixa e o que tem de compromissos a pagar. A diretoria considera ainda se esses compromissos são a curto (dentro de um ano) ou a longo prazo.
Outro elemento na equação: o quanto desses valores é em moeda estrangeira? O saldo depois disso tudo é positivo ou negativo?
O orçamento do Flamengo é feito por cada setor, que passa ao departamento financeiro por volta de setembro/outubro de cada ano. A diretoria de futebol entra nesse mutirão, passando informações que se juntam às demais áreas do clube.
O Flamengo tem entradas e saídas em moeda estrangeira. Em negociações desse tipo, o clube costuma fixar um limite na variação cambial, até para se proteger. Outra forma de proteção é manter uma reserva de moeda estrangeira.
“Normalmente a que envolve maiores valores devido às movimentações de clubes europeus em seus elencos, e o Flamengo estará atento a oportunidades que sejam importantes tanto para reforço de seu próprio elenco quanto para alguma nova venda“, informou o clube no último relatório financeiro divulgado.
Retirado do: Uol
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