Os bastidores no Flamengo, que enfrenta o Olimpia nesta quinta (3), às 21h (de Brasília), com , ficaram tensos nos últimos dias depois da agressão do ex-preparador físico do clube, Pablo Fernández, em Pedro depois da vitória sobre o Atlético-MG. Os problemas do atacante, porém, parecem passar pelo técnico Jorge Sampaoli.
Em texto publicado nas redes sociais depois do ocorrido, o camisa 9 relatou ‘covardia psicológica’ sofrida dentro do clube. Além disso, segundo apuração da ESPN, após ser cobrado no vestiário por Pablo Fernández por ter faltado com o respeito, o atleta retrucou que quem não tem respeito é a comissão técnica de Sampaoli com ele.
Este, porém, não é o primeiro caso de problemas envolvendo Jorge Sampaoli nos bastidores de um de seus clubes. Este, aliás, é um problema recorrente do argentino. E o ESPN.com.br separou seis casos de personagens que não tiveram boa relação com o técnico.
O camisa 10 do Fluminense nunca escondeu que teve problemas com o seu antigo comandante no Sevilla. Em sua apresentação no Tricolor, Ganso deu uma alfinetada no argentino, ainda em 2019, ao ser perguntado sobre a sua utilização como um camisa 5. O meia ainda cutucou o técnico, à época no Santos, por conta de uma derrota sofrida no Campeonato Paulista, na época, contra o Ituano.
“De cinco ele não quer nem ouvir (risos). Brincadeiras à parte, tiveram algumas coisas que aconteceram lá fora. Quando uma pessoa te pede para ir a um clube e não coloca você para jogar, alguma coisa está errada. A pessoa nem falar com você, não conversar, está errada. Mas isso passa, a gente esquece, vida que segue para todo mundo”, disse.
Membro da comissão técnica fixa do Santos, Chulapa foi ‘escanteado’ pelo argentino em sua passagem pelo clube em 2019. No ano seguinte, em entrevista à Band, o ídolo santista revelou que teve vontade de bater no treinador.
“Primeiro, (Sampaoli) veio com seis (auxiliares) da Argentina. Queria ver se eu fosse com seis na Argentina se ficaria um dia lá. O português (Jesualdo Ferreira) trouxe mais seis, mas fiquei na minha. Louco para pegar um, mas não poderia fazer isso“, disse Chulapa, que ainda falou sobre o gerente de futebol levado pelo técnico.
“Ele trouxe um secretário dele do Rio de Janeiro, o cara era gerente geral (Gabriel Andreata). Mandava em tudo. E eu com a mão amarrada. Se eu não tivesse, eu ia encaixar os dois. Cada um trabalha com quem quer”, declarou.
Chulapa não foi o único desafeto de Sampaoli no Santos. Em junho de 2019, Felippe Cardoso foi afastado pelo técnico depois de se recusar a atuar pela equipe sub-20 durante o Campeonato Brasileiro de Aspirantes.
O atacante, que estava sem espaço no time profissional, iria atuar pela equipe de base para ganhar ritmo de jogo, e sua recusa irritou o treinador.
A história de Ricardo Oliveira com Sampaoli pode ser descrita em amor e ódio. Em 2021, em entrevista ao podcast Santoscast, o ‘Pastor’ revelou que o técnico pediu seu retorno ao Santos em 2019, mas, no ano seguinte, o afastou no Atlético-MG.
“Ele (Sampaoli) disse: ‘Briga aí, vem pra cá’. Eu falei: ‘Não posso, sou profissional. Não posso sair assim’. Não fui para o Santos (em 2019) porque não quis brigar. Ele foi para o Atlético e o que aconteceu? Nem me permitiu treinar com o elenco. Os 800 jogos, com certeza vou atingir. Mas o objetivo maior é concluir minha carreira com esse número fechado de 400 gols”, afirmou.
Pedro não foi o único jogador a ter problemas com Sampaoli no Flamengo. Em maio, Marinho foi afastado pelo técnico e acabou deixando o clube rumo ao Fortaleza. O primeiro capítulo da novela começou começou com uma bronca de um membro da comissão técnica em Marinho durante um treinamento antes de viagem ao Chile para enfrentar o Ñublense na CONMEBOL Libertadores. Após a atividade, o jogador alegou dores na coxa.
Apesar do incômodo, o atleta não foi liberado da viagem pelo departamento médico. Esperado no ônibus junto aos demais companheiros, Marinho não apareceu. Imediatamente, membros do clube foram procurá-lo no Ninho do Urubu e o encontraram em uma sala, alegando que sentia um incômodo e que não tinha como viajar.
Tal atitude irritou bastante o técnico Jorge Sampaoli, já que Marinho não foi diagnosticado com lesão. Nomes como Arrascaeta, Léo Pereira e Matheus França, que também sentiam dores, acabaram viajando, o que piorou a situação para Marinho. Na volta do clube ao Rio de Janeiro, Marinho, que ficara treinando e não teve uma lesão diagnosticada, recebeu uma multa. A dupla possuía uma boa relação por conta do período no Santos, mas a atitude deixou a comissão técnica desapontada.
Pedro não foi o primeiro e nem o segundo a ter problemas com Sampaoli no Rio de Janeiro. Seu antigo comandado na seleção do Chile, Arturo Vidal deixou o Fla rumo ao Athletico-PR e não poupou críticas ao argentino em sua apresentação.
“É um assunto que para mim está fechado. Muita gente me disse quem ele era. Nunca fiz caso, mas agora me dei conta da pessoa que ele é, do treinador que é. De verdade, me sinto feliz de não estar com ele”, disse ele, que antes já tinha cutucado o antigo comandante.
“Me sinto muito feliz de jogar. Sempre estive preparado, somente tive um treinador, um perdedor que não sabe apreciar os jogadores. Mas nada, ficou para trás. Agora estou feliz. Joguei agora e espero começar jogando nas próximas partidas e mostrar tudo o que fiz na minha carreira que é ganhar“, disse Vidal, à TNT.
Retirado de: ESPN
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