Caso Pedro é só mais um; veja restrospecto de crises no Flamengo antes de jogos decisivos

O Flamengo encara o Olimpia pela partida de idas oitavas de final da CONMEBOL Libertadores, nesta quinta-feira (3), às 21h, com . E o Rubro-Negro viveu uma crise às vésperas do confronto pelo torneio continental envolvendo o atacante Pedro.

Após a vitória sobre o Atlético-MG, o camisa 9 foi agredido com um soco no rosto dado pelo preparador físico Pablo Fernández, que foi desligado do clube. Pedro chegou a retornar a treinar na última terça-feira (1º), mas foi suspenso pela diretoria pela falta na segunda-feira (31) e está fora da partida contra os paraguaios. E essa crise é só ‘mais uma’ envolvendo o Flamengo perto de um momento decisivo nos últimos anos.

Até mesmo em 2019, primeiro ano dessa geração vitoriosa, a crise apareceu em momentos importantes. Às vésperas da final do Mundial de Clubes contra o Liverpool, um entrave entre elenco, comissão técnica e funcionários com a diretoria. O motivo: premiação. Jogadores queriam fazer valer o acordo prévio de que 70% da bonificação acordada fosse para o elenco e 30% para os funcionários.

No entanto, a diretoria vetou tal acordo e causou uma irritação interna. Toda essa confusão aconteceu antes do último treino que finalizava a preparação para a final contra o Liverpool. No fim, o Flamengo perdeu de 1 a 0 para os ingleses.

Uma outra crise aconteceu no ano seguinte. E com Domènec Torrent, substituto de Jorge Jesus no comando da equipe. Após o time sofrer 4 a 1 para o São Paulo e 4 a 0 para o Atlético-MG, a diretoria decidiu demitir o catalão. A questão é que Rogério Ceni foi contratado dois dias antes da partida decisiva contra o São Paulo pelas quartas de final da Copa do Brasil. O Flamengo perdeu na ida e na volta e acabou eliminado da competição.

E a crise volta e meia parece no Ninho do Urubu. Em 2021, o ambiente ficou agitado pela questão física. Com muitas lesões durante a temporada, o elenco do Flamengo chegou ‘quebrado’ para a decisão da Libertadores contra o Palmeiras. E o que se viu foi um time bem longe das condições ideais: Rodrigo Caio, Arrascaeta e Bruno Henrique jogaram praticamente no sacrifício, enquanto Filipe Luís saiu lesionado ainda no primeiro tempo da partida que ficou marcada pelo escorregão de Andreas Pereira no amargo vice da América.

No ano passado, as crises aconteceram antes mesmo de Dorival Junior ser contratado para o lugar de Paulo Sousa. O técnico português, apesar de fazer boa campanha na Libertadores, acabou sendo demitido pouco tempo antes encarar o Atlético-MG pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Paulo Sousa conviveu com a sombra de Jorge Jesus, que se ofereceu ao clube e agitou os torcedores, além de um atrito com o goleiro Diego Alves. E o resultado final foi um só: demissão. Dorival assumiu e colocou o time no trilho para faturar a Libertadores e a Copa do Brasil.

O início de 2023 foi marcado pelas ‘finais’ que o Flamengo tinha pela frente após o sucesso em 2022. Mundial de Clubes, Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana. Após imbróglio com Dorival, a diretoria decidiu contratar Vítor Pereira, mesmo com a proximidade das ‘decisões’ e um certo risco para um técnico implantar uma nova filosofia.

E acabou vivenciando uma crise ao perder todas as competições. O português teve o mesmo destino do compatriota que dirigiu o time em 2022: demitido. A saída foi oficializada pós o vice no Carioca para o Fluminense.

Em 2020 e 2022, o Flamengo conseguiu juntar os cacos e terminar a temporada campeão. Agora, após o caso Pedro, o clube terá mais um degrau importante na caminhada para a reta final das principais competições do ano. O primeiro adversário é o Olimpia, pela partida de ida das oitavas de final da Libertadores. A partida terá , às 21h, nesta quinta-feira (3).

Retirado de: ESPN