O que há em comum entre Sampaoli e os outros técnicos demitidos recentemente no Flamengo

Sampaoli comanda o Flamengo no Maracanã (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Depois de cair precocemente nas oitavas de final da CONMEBOL Libertadores, o Flamengo vive uma crise profunda às vésperas de mais uma decisão: na quarta-feira (16), o clube carioca recebe o Grêmio pela volta na semifinal da Copa do Brasil. Diante do cenário de momento, nem mesmo uma vaga na decisão é certeza de paz para Jorge Sampaoli.

Óbvio que, para o clube, é fundamental garantir a vaga a todo custo. Principalmente pela boa vantagem de ter vencido na ida por 2 a 0. Perder para o Grêmio seria mais um vexame do time carioca em uma temporada marcada por decepções. No entanto, a simples classificação não trará tranquilidade para a Sampaoli.

Sem vencer há três jogos, o Flamengo vem apresentando um futebol bem abaixo do que o elenco pode praticar. E é fundamental para Sampaoli que o time apague a má impressão deixada nas últimas partidas. Vaiado na escalação diante do São Paulo, chegou a ser chamado de “burro” pelos torcedores quando sacou Arrascaeta no invervalo da última partida. Mais uma atuação fez o comandante ficar na berlinda.

Situação parecida com outros técnicos

Sem contar o lamentável episódio envolvendo Pablo Fernández, preparador físico demitido por dar um soco em Pedro, algo fora da curva no clube, Sampaoli caminha um trilho parecido com todos os últimos técnicos do Flamengo que acabaram demitidos: o de viver uma situação insustentável com a torcida e que impacta profundamente na continuidade do trabalho.

Desde Jorge Jesus, último técnico que deixou o clube por opção própria, o fim da linha dos técnicos é parecido com o momento que vive Sampaoli. Além da pressão da torcida, uma relação mais distante com os torcedores e desempenhos ruins marcam o cenário envolvendo o argentino.

Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho, Paulo Sousa e Vítor Pereira passaram pelos mesmos problemas (resultados ruins, desempenho abaixo do esperado e rota de colisão com a torcida) e acabaram caindo na “guilhotina” que resulta em demissão. A exceção no período foi Dorival Júnior, que foi campeão, tinha o elenco nas mãos e apresentava um bom futebol, menos na visão da diretoria que decidiu romper o contrato com o comandante para investir em um novo técnico.

Resta saber se Jorge Sampaoli vai conseguir juntar os cacos e recuperar o Flamengo a ponto de manter o trabalho. A certeza é de que a partida contra o Grêmio é uma final. Uma eliminação certamente deixará o técnico mais perto dos últimos comandados. E só uma atuação como foi na partida de ida em Porto Alegre será capaz de acalmar os ânimos.

Retitado de: ESPN