Flamengo vai do ‘céu’ ao ‘inferno’ em 21 dias; veja cronologia

Jogadores do Flamengo comemoram gol de Bruno Henrique sobre o Aucas (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

Foram 21 dias entre os duelos pela semifinal da Copa do Brasil, e o Flamengo foi da melhor exibição sob o comando de Sampaoli a uma crise que ainda ganha novos capítulos. Neste cenário, o Rubro-Negro chega sob pressão máxima para o jogo que define vaga na final nacional.

O que aconteceu

O Rubro-Negro venceu o Tricolor gaúcho por 2 a 0, em Porto Alegre, no dia 26 do mês passado, e abriu vantagem no duelo.

Na ocasião, Sampaoli foi questionado se aquela foi a melhor atuação do Fla desde a sua chegada e concordou.

“Acho que sim. Foi um jogo que a equipe não acelerou e trocou muitos passes no campo rival. Dominou o jogo e se defendeu com a bola”, afirmou.

De lá para cá, porém, o time da Gávea entrou em uma crise que vem se agravando e teve dois episódios de agressão.

O caso Pedro

Já no jogo seguinte à vitória sobre o Grêmio, o estopim. O Fla venceu o Atlético-MG, mas o clima ficou quente no vestiário e o preparador físico Pablo Fernández deu um soco em Pedro.

O jogador registrou boletim de ocorrência e o integrante da comissão técnica foi demitido. A diretoria optou pela permanência de Sampaoli.

A briga aconteceu após o camisa 9 se recusar a aquecer no decorrer do duelo, ainda com substituição a ser feita. Na reapresentação do elenco, Pedro faltou sem aviso prévio.

O estafe do jogador e a diretoria se reuniram, no dia seguinte ele foi ao Ninho e trabalhou com o elenco, mas os dois episódios de indisciplina fizeram ele ficar fora do jogo com o Olimpia, pela Libertadores, e ser multado.

Eliminação e protesto

O Fla venceu os paraguaios no Maracanã, por 1 a 0, e, posteriormente, perderam para o Cuiabá por 3 a 0, pelo Brasileiro.

No reencontro com o Olimpia, fora de casa, derrota por 3 a 1, de virada, e adeus à competição continental.

No retorno ao Rio, fortes protestos e confusão no aeroporto. Membros da diretoria, comissão técnica e elenco foram xingados pela torcida.

Conversa e briga no treino

No último domingo, o Fla voltou ao Maracanã e a torcida voltou a externar a insatisfação com a gestão e elenco.

Na segunda-feira, Sampaoli e Pedro tiveram a primeira conversa a sós após a agressão do preparador.

O dia de ontem amanheceu com faixas de protestos em frente ao CT. Uma delas dizia: “diretoria de frouxos”.

Enquanto isso, dentro do Ninho do Urubu, Varela e Gerson protagonizaram uma briga, e o uruguaio teve uma fratura no nariz após soco do companheiro.

Os dois estão à disposição para logo mais. A diretoria entendeu se tratar de um “episódio faz parte de um treino disputado”, segundo nota.

Pressão

Após seguidas frustrações na temporada, o Flamengo vê na Copa do Brasil a maior possibilidade de levantar um troféu.

A equipe está em quarto no Brasileiro, 15 pontos atrás do líder Botafogo.

Com Vítor Pereira, o Rubro-Negro ficou com o vice do Carioca, da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana, além da queda na semifinal do Mundial.

Já com Sampaoli, houve a eliminação nas oitavas da Libertadores.

Retirado de: Uol