A vitória do Flamengo sobre o Coritiba veio com mais uma atuação instável e bem abaixo do que esse elenco pode oferecer. Apesar disso, os três pontos trazem “tranquilidade” para o Rubro-Negro, que agora aposta na semana livre para buscar constância na temporada.
O Flamengo até fez um bom primeiro tempo contra o Coritiba, criou boas chances de gols, levou perigo, sofreu um pênalti… E poderia até ter resolvido o jogo ainda na etapa inicial, mas não conseguiu justamente pela má fase conjunta da equipe. O time, em si, é instável. Inconstante. Frágil. E mesmo quando consegue uma certa superioridade em relação ao rival, parece não ter nem confiança para construir placar. Está longe de empolgar.
E se nos primeiros 45 minutos o Flamengo coletivo até que foi bem – em comparação às atuações recentes -, no segundo tempo o time simplesmente não existiu. E fica até difícil fazer qualquer tipo de análise mais incisiva quando se esbarra numa apresentação pífia. Erros absurdos de passes, falhas em tomadas de decisões, inexistência de pressão pós-perda. Um caos. E um sufoco desnecessário visto que, como citado anteriormente, o jogo poderia ter sido decidido no primeiro tempo.
O Coritiba dava muito espaço, mas o Flamengo não conseguia chegar lá. O trabalho é fraco e não demonstra evolução, ao contrário, parece estagnado. É bem verdade que, quando Jorge Sampaoli chegou, o time evoluiu – até porque o argentino encontrou uma terra arrasada pós Vitor Pereira -, mas não conseguiu fazer a equipe se desenvolver.
Apesar das atuações estarem longe do brilho que a torcida deseja ver, o ataque do Flamengo segue resolvendo. São 33 jogos e 60 gols marcados na ‘Era Sampaoli’. Por outro lado, a defesa volta a ser um problema, e anota 35 tentos sofridos – uma média de 1,06 gol/jogo.
Ainda em análise de atuações, se não fosse o nível baixo apresentado, a quantidade de gols marcados poderia estar ainda maior, justamente pelo poder decisivo dos atletas. Por outro lado, a lógica é a mesma em relação à defesa, e o Flamengo teria sido muito mais vazado caso Matheus Cunha não estivesse vivendo momento iluminado, acompanhado pela boa dupla de zaga Fabrício Bruno e Léo Pereira, com algumas boas aparições de David Luiz no processo.
Eliminado da Libertadores e com as finais da Copa do Brasil marcadas apenas para as duas últimas semanas de setembro, o Flamengo terá tempo livre para treinos entre um jogo e outro do Campeonato Brasileiro. Sampaoli terá a oportunidade de fazer o time evoluir e, enfim, mostrar ao que veio no Rubro-Negro.
O próximo compromisso oficial do Flamengo é contra o Internacional, em jogo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. A bola vai rolar às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã.
Retirado de: Lance
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