Em pesquisa publicada na última sexta-feira (25), o Datafolha mostrou que o Flamengo atingiu o seu maior índice de torcedores da história. Mas, afinal de contas, como o Rubro-Negro se tornou a maior torcida do Brasil?
Há muitas teorias que tentam justificar a popularidade do clube da Gávea, mas as pesquisas mais aprofundadas e precisas apontam para dois fatores.
O primeiro surge numa jogada de marketing ainda na década de 30, quando esse termo nem sequer existia.
O outro tem ligação com a influência do rádio antes da chegada dos aparelhos de televisão.
A era Zico e seus feitos históricos foram a cereja do bolo para consolidar o “Mais Querido”.
José Bastos Padilha nunca se formou em marketing. Aliás, em 1933, essa categoria nem sequer existia. Mas se hoje ainda fosse vivo, talvez seria professor do curso em universidades ou dono de alguma agência de publicidade.
Eleito presidente do Flamengo naquele ano, ele ousou em não focar especificamente em títulos, mas em uma maneira de tornar o Rubro-Negro o primeiro clube nacional do país.
De origem elitista, a agremiação da Gávea, capitaneada por Padilha, “surfou a onda” dos primeiros anos do governo Getúlio Vargas e sua política populista.
Enquanto outros times ainda se sustentavam à base dos sócios, o dirigente vislumbrou os primeiros movimentos de arquibancada aberta ao povo e o movimento nacionalista. Foi quando abriu concursos populares e lançou slogans como “Flamengo é o Brasil”, “Flamengo o time da pátria”, entre outros. Uma banda tocando o hino nacional brasileiro também tornou-se rotina antes dos jogos do Rubro-Negro.
Com o Rio de Janeiro ainda como Capital Federal, o Flamengo e seus rivais se beneficiaram do alcance das ondas do rádio, que na era pré-televisão atingiram regiões muito além da Cidade Maravilhosa e sua vizinhança. Pelas vozes de Ary Barroso e Mario Filho, os jogos do Rubro-Negro reuniram famílias do Norte, Nordeste e Centro-Oeste em torno do aparelho sonoro.
Posteriormente, a chegada da TV e o surgimento da “década de ouro”, capitaneada por Zico, Júnior e cia, foi a “cereja do bolo” para consolidar o populismo do Flamengo.
O “boom” recente, apontado pelo Datafolha, tem influência da geração Gabigol de 2019 para cá, que nas vozes da nação rubro-negra tem feito ecoar aos quatro cantos o já tradicional cântico “festa na favela”.
Pavimentando o presente e futuro, o Flamengo tem feito movimentos para expandir a sua marca em âmbito nacional e internacional. O networking com gigantes europeus tem sido algo que o atual presidente, Rodolfo Landim, costuma prezar. Na esfera dos negócios, o clube também tem feito transações que caminham para esse lado. O Rubro-Negro, por exemplo, está no seleto grupo de agremiações com o selo de Adidas mundial, no qual a fornecedora de produtos esportivos distribui suas peças à nível global.
Retirado de: Uol
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