O péssimo momento do Flamengo na temporada passa muito pelos recentes episódios dos bastidores. O sorteio que definiu a ordem dos mandos de campo da decisão da Copa do Brasil, na sede da CBF, nesta última segunda-feira (28), escancarou a relação conturbada entre dirigentes, Sampaoli e jogadores.
O procedimento contou com a presença de Rodolfo Landim, Marcos Braz, Bruno Spindel, Jorge Sampaoli, Everton Ribeiro e Filipe Luís como representantes do Flamengo. Apesar do pouco tempo de exposição no palco, a postura tímida e sem graça do técnico argentino foi nítida nos bastidores do sorteio. O contraste foi ainda maior em função do carinho e simpatia de Dorival Júnior.
Raríssimos foram os momentos em que Sampaoli dirigiu palavras a algum companheiro rubro-negro. O técnico chegou na companhia dos cartolas, mas em nenhum momento foi perceptível uma relação minimamente amigável entre nenhuma das partes. O argentino sussurrou algumas vezes no ouvido de Ribeiro durante a dinâmica do sorteio e só.
Os membros da diretoria também foram protocolares no evento. Passaram pela imprensa nos corredores com a cara fechada e permaneceram em silêncio no início, durante e após a cerimônia. Landim, depois de quase uma hora em reunião na parte de cima da sede, chegou a responder poucas perguntas e, inclusive, garantiu a permanência de Sampaoli no comando do Fla.
Everton Ribeiro e Filipe Luís foram chamados pelos jornalistas presentes e a resposta de ambos foi negativa. O lateral chegou a falar em alto e bom tom:
– Eu falaria, mas eles não deixam – disse o experiente jogador apontando para a assessoria de comunicação do clube carioca.
Em contrapartida, Dorival Júnior, Rafinha, Calleri e Julio Casares, presidente do São Paulo, ficaram à disposição da imprensa por pelo menos 30 minutos após o desfecho do evento. O contraste, para quem esteve presente, chamou bastante atenção. No fim, os rubro-negros já haviam deixado a sede, enquanto os tricolores seguiam na sabatina.
Retirado de: Esporte News Mundo