Anunciado oficialmente em julho, Agustín Rossi é o único reforço do Flamengo nesta janela que ainda não estreou sob o comando de Jorge Sampaoli. No entanto, o goleiro tem se destacado nos treinos e pode ser utilizado no confronto com o Athletico-PR. O compromisso está marcado para quarta-feira (12), em Cariacica, no Espírito Santo, às 21h30 (de Brasília), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com 71 dias de clube, o arqueiro pode se aproveitar da logística da Data-Fifa para, enfim, fazer seu primeiro pelo jogo pelo Rubro-Negro. Isso porque Matheus Cunha, atual dono da posição, foi convocado por Ramon Menezes para amistosos da Seleção Pré-Olímpica no Marrocos e não poderá participar da preparação para o duelo com o Furacão. Santos, por sua vez, perdeu espaço com a chegada do treinador e foi de “número 1” para terceira opção.
Na última quinta, Matheus Cunha atuou durante os 90 minutos no revés por 1 a 0 para os donos da casa. As seleções, inclusive, voltarão a medir forças na próxima segunda-feira (11), às 16h (de Brasília). Por outro lado, Rossi foi titular na goleada sobre o Zinza FC por 6 a 0, no Ninho do Urubu.
Pegador de pênalti
O goleiro, de 28 anos, era um desejo antigo do Flamengo, que já o monitorava quando pertencia ao Boca Juniors, antes mesmo de assinar com Santos. Ao longo da carreira, Rossi conquistou a fama de pegador de pênaltis ao se mostrar frio e eficiente neste fundamento.
Revelado nas categorias de base do Chacarita Juniors, da Argentina, o goleiro foi negociado com o Estudiantes de La Plata e por lá começou a construir sua carreira profissional. Contudo, foi com a camisa do Defensa y Justicia que passou a ganhar notoriedade no futebol hermano e entrar na mira dos diretores do Boca.
Em 2017, foi contratado em definitivo pelos Xeneizes, em uma transação que girou em torno de R$ 3,3 milhões. Por lá, chegou a ser emprestado para Antofagasta, do Chile, e Lanus, da Argentina, mas se firmou em seis temporadas e atuou em 151 partidas.
Habilidade com os pés
Outro fundamento que Rossi desenvolveu ao longo da carreira foi o de trabalhar bem com a bola nos pés. O arqueiro, portanto, tem frieza para atuar da maneira como Jorge Sampaoli gosta.
O goleiro está habituado a avançar com a bola nos pés para auxiliar em uma saída de três, quando a equipe está em progressão para o ataque. Com isso, faz com que a defesa adversária tenha que recuar em bloco para não conceder espaços para um possível lançamento. Além disso, se destacou nas tomadas de decisão, sobretudo no momento em que precisa fazer passes curtos e longos.
— Gosto de jogar com os pés, tive muitos jogadores que gostam desse estilo de jogo e aprendi muito com isso. Gosto desse estilo de jogo. Vi jogos e acho que a dinâmica é muito parecida com o que vi na Argentina – disse em sua apresentação.
Retirado de: Lance