Torcedor agredido por Marcos Braz conta sua versão: “Caiu sobre minha virilha e me mordeu”

Leandro Campos, torcedor do Flamengo agredido por Marcos Braz (Foto: Gabriel Andrade)

Por: Letícia Gerheim

Agredido por Marcos Braz em um shopping do Rio de Janeiro, Leandro Campos concedeu entrevista e contou sua versão da briga com o dirigente do Flamengo. O entregador, que é torcedor rubro-negro, negou as declarações feitas pelo dirigente na coletiva de ontem e afirma ser a vítima do caso.

Leandro Campos garantiu não ter agredido o vice-presidente de futebol do Flamengo. Ele também negou as ameaças de morte citadas por Braz na entrevista.

– Eu estava passeando no shopping, eu trabalho ali. Sou entregador e trabalho de bicicleta. O vi dentro da loja e falei a seguinte palavra: “Marcos Braz, sai do Flamengo”. Virei as costas e saí andando em diagonal no shopping. Quando percebi que estava vindo atrás de mim foi porque a lojista gritou: “Menino, ele está indo atrás de você”. Ele estava vindo de punho cerrado, virei de frente para ele, dei um passo para trás, ele se desequilibrou e caiu. Puxou minhas pernas e foi o momento que caí também. Ele caiu sobre minha virilha, pegou e me mordeu.

– Enquanto isso veio um amigo dele e começou a efetuar chutes na minha cabeça. Nesse momento os seguranças do shopping intervieram, o tiraram de cima de mim. A própria moça da loja o tirou de cima de mim também. Em nenhum momento eu o agredi.

– As palavras exatas que falei foi “Marcos Braz, sai do Flamengo”. Falei exatamente isso, virei as costas e andei. Em nenhum momento fiz ameaças a ele ou à filha dele. Em nenhum momento. Sobre a mordida, eu sei que foi ele porque ele estava com a cabeça sobre a minha perna. Eu o vi mordendo. O amigo dele me chutou ainda. Se não fossem os seguranças, talvez fosse pior.

A representante de Leandro Campos, Ani Luizi, contou que seu cliente entrará com ações nas esferas criminal e cível contra Marcos Braz e André, amigo do dirigente rubro-negro. A advogada alegou que o cliente vem passando por constrangimento e está impossibilitado de trabalhar por temer eventuais repercussões do caso na rua.