Por: Letícia Gerheim
A estreia de Tite pelo Flamengo aconteceu no Mineirão, onde o Flamengo encontrou o Cruzeiro pelo Brasileirão. O técnico optou por manter Rossi e Pedro entre os titulares, deixando Matheus Cunha e Gabigol no banco de reservas. Everton Ribeiro também ganhou oportunidade, já Arrascaeta ficou como opção.
O Flamengo iniciou a partida com a marcação ineficaz e sofrendo para manter o controle do jogo. Mas próximo ao final do primeiro tempo a equipe já tinha se estruturado e conseguiu marcar dois gols, com direito a Ayrton Lucas de cara para o gol e Pedro marcando de pênalti.
No segundo tempo Tite acionou Pablo, Arrascaeta, Gabigol e Everton Cebolinha. David Luiz, Pedro, Bruno Henrique e Everton Ribeiro saíram de campo. O zagueiro, aliás, precisou deixar a partida após sentir dores no tornozelo.
A partida foi marcada por uma melhora significativa do Flamengo, tanto de posicionamento quanto de estratégias. As notas abaixo foram avaliadas pelo “GE”.
Rossi – 7,0
Soltou duas bolas defensáveis no segundo tempo, mas a cera feita no momento em que o Cruzeiro começava a gostar do jogo esfriou muito o adversário.
Wesley – 6,0
Muita profundidade, disposição e transpiração. Importante no lance do pênalti que sofreu desde a origem da jogada. Em compensação errou algumas tomadas de decisões em contra-ataques que poderiam ter matado o jogo mais cedo.
Fabrício Bruno – 7,0
Com tempo de bola em dia, foi bem nos duelos aéreos e na marcação. Participou da construção desde o campo defensivo e não deu espaços pelo lado direito.
David Luiz – 6,0
Partida sem sustos enquanto esteve em campo. Deixou Ian Luccas ganhar suas costas em lance que Ayrton Lucas cabeceou contra o próprio patrimônio. De resto esteve bem no jogo aéreo e participou da construção. Saiu machucado no início do segundo tempo.
Pablo – 6,5
Muito bem no jogo aéreo, substituiu David Luiz sem sustos. Depois de raras oportunidades com Sampaoli, é possível que volte a ter chances.
Ayrton Lucas – 7,0
Voltou a ser o lateral agressivo que fez dele um dos principais jogadores do Flamengo no início do ano. Não apenas pelo gol marcado, mas pela volúpia demonstrada na hora de atacar. Fez intervenções importantes no campo de defesa também.
Erick Pulgar – 8,0
Mais uma grande partida. Foi o líder de desarmes do jogo, deu grandes passes e assumiu de vez a bola parada do time. No jogo aéreo defensivo, cortou bolas importantes. Um dos seus três desarmes iniciou a jogada do pênalti sofrido por Wesley.
Thiago Maia – 6,5
Começou com alguns erros, mas se recuperou e esteve sempre em cima do lance no combate. Boa partida do volante.
Gerson – 8,5
A transformação do Flamengo num jogo em que o time era pouco agressivo até os 30 minutos do primeiro tempo passa por seus pés. Depois que Tite o colocou no lado direito, foi o dono do jogo. Justificou a convocação.
Everton Ribeiro – 7,5
Já estava bem no lado direito, mas melhorou ainda mais quando foi puxado para o meio. Seus passes de primeira permitiram o Flamengo manter o controle da posse. O toque para Bruno Henrique no lance do gol de Ayrton abriu um clarão na defesa rival.
Arrascaeta – 5,5
Com pouco tempo em campo, não contribuiu tanto num momento em que o Flamengo administrava o resultado.
Everton Cebolinha – 5,5
Teve pouco tempo para participar, mas ainda ajudou em jogada que terminou em finalização de Gabigol no primeiro lance deles em campo.
Bruno Henrique – 6,0
Foi perigo constante pelo lado direito. Se não foi figura central, teve participação importante por levar a bola sempre ao fundo. Numa delas, cruzou na direção de Pedro, e Ayrton pegou o rebote.
Gabigol – 5,5
Ficou pouco tempo em campo, mas já mostrou mais dinamismo. Mesmo saindo muito da área, parecia mais ligado em campo.
Pedro – 7,5
Finalizou quatro vezes, bateu bem o pênalti e participou muito mais do que vinha mostrando nos últimos jogos. Voltou para ajudar na marcação e ganhou bolas no jogo aéreo.
Tite – 8,0
A mexida num momento em que o time pouco agredia foi fundamental para o time ganhar o jogo. Colocou Gerson na direita e Everton Ribeiro no meio, o que fez o Flamengo dominar totalmente as ações.