No cenário do futebol brasileiro, Bruno Spindel, diretor executivo de futebol do Flamengo, recentemente fez declarações incisivas a respeito da arbitragem no Campeonato Brasileiro. O dirigente demonstrou profunda irritação em relação à conduta dos árbitros e à falta de critério em suas decisões.
No primeiro pronunciamento, Spindel alinhou a posição da direção do clube com o treinador, destacando a necessidade de que as partidas sejam concluídas com os 11 jogadores em campo e que as regras e questões disciplinares sejam rigorosamente cumpridas. Contudo, ele deixou claro que o Flamengo está “estarrecido” e “assustado” com a série de acontecimentos ao longo do campeonato, enfatizando a falta de critério, os erros sistemáticos e as escalas de arbitragem como pontos críticos.
— Vim aqui fazer um pronunciamento sobre arbitragem. Primeiramente deixar claro que a gente alinhou com o treinador que nesses temas sobre arbitragem a direção que vai sempre se colocar. O treinador cobra dos atletas que a gente sempre termine os jogos com 11 em campo, que se cumpra a regra e todas as questões disciplinares, mas o clube está estarrecido e muito assustado com o que vem acontecendo ao longo do campeonato na arbitragem. Mais especificamente em relação à falta de critério, aos sistemáticos erros e às escalas de arbitragem, disse Bruno.
Em seu discurso, Spindel destacou incidentes que inflamaram a polêmica, como o choque sofrido por Gerson contra o América-MG, que resultou em uma contusão no supercílio do jogador. Embora a situação tenha sido grave, a comissão de arbitragem considerou o contato “leve” e sequer acionou o VAR, limitando-se a aplicar um cartão amarelo.
— Na 16ª rodada, contra o América-MG, o Gerson, com a bola dominada entrando na grande área leva um chute na cara. Ele teve uma contusão no supercílio, quase abriu. Ficou com um galo e com o rosto inchado, mas a comissão de arbitragem disse que o contato foi leve e de raspão. O VAR sequer chamou e foi cartão amarelo, relembrou o dirigente.
A indignação do dirigente também se estendeu ao jogo contra o Santos, no qual Bruno Henrique foi expulso por uma entrada que, segundo Spindel, não teve contato físico. O árbitro, no entanto, interpretou de forma diferente e descreveu a situação como uma entrada temerária. Para Spindel, isso foi um erro claro.
— No lance contra o Santos, a arbitragem foi tenebrosa. Bruno Henrique levou um cartão amarelo por entrada temerária. Entrada temerária pressupõe contato físico, sequer houve contato físico do Bruno. O Bruno foi jogar, foi competir, é um atleta leal. Foi atrás da bola para competir, levou um amarelo e foi impedido de jogar. No relatório foi colocado que foi entrada temerária quando sequer houve contato físico.
O Flamengo não escapou de mais polêmica, já que no jogo contra o Fortaleza, houve um pênalti não marcado a favor do time carioca. Spindel concluiu sua manifestação cobrando uma melhoria na qualidade da arbitragem e enfatizando a importância de que o campeonato seja decidido dentro das quatro linhas.
— A gente ficou sem Gerson hoje, sem o Bruno por duas rodadas por erros de arbitragem. E hoje teve um pênalti em uma bola chutada pelo Pedro, mas parece que o VAR não estava funcionando na hora do chute do Pedro, finalizou Bruno Spindel.