Por: Leonardo Antônio
Na última reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo, o presidente Rodolfo Landim defendeu veementemente a ideia de implementar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube. Ele argumentou que a SAF seria uma solução para financiar a construção de um estádio próprio sem recorrer a endividamento excessivo.
Landim, que tem uma carreira de sucesso como empresário no ramo do petróleo, utilizou sua trajetória pessoal como exemplo para ilustrar a importância da SAF. Ele destacou que a decisão sobre a adoção desse modelo seria tomada coletivamente pelos sócios proprietários do Flamengo, enfatizando que o clube pertence a todos.
“Você pode acreditar ou não, mas é uma discussão que eu acho que no futuro poderemos vir a ter com todos os sócios, e a decisão não vai ser minha, não vai ser sua, nós vamos ser dois votos, nós vamos ter todo o Flamengo para poder votar isso e decidir se ele entender que vale a pena. O Flamengo não é nem meu nem seu, o Flamengo é de todos nós que somos sócios proprietários do clube”, iniciou Landim.
“Você tem que escolher o que você faz. Se você quer ter um estádio e não quer se endividar, você tem que chamar capital. E nada melhor do que chamar capital para o Flamengo no momento, mas não vendendo título a 15 mil reais, e sim captando recurso abrindo share de 500 mil reais por cada valor do título. É só isso que eu quero dizer. A forma de crescer patrimônio não é vender título por 15 mil ou 20 mil reais. É emitindo ações para diluir os sócios, mas mantendo o controle dos sócios, mas por um valor muito maior”, completou.
O presidente explicou que, em vez de vender títulos individuais a preços relativamente baixos, a estratégia seria captar recursos por meio da emissão de ações a um valor consideravelmente mais alto, permitindo assim que o Flamengo arrecadasse o montante necessário para a construção do estádio sem perder o controle sobre a gestão da SAF.
“Eu acho que a gente pode fazer uma venda primária, só dilui a gente e entra mais capital, a gente poderia levantar todo o recurso necessário para a construção de um estádio sem nós perdermos valor nenhum. De mando, de governança dentro da SAF futebol, zero. Ele (o investidor) não vai poder fazer a bobagem, sabe por quê? Porque quem vai estar apontando quem vai ser o gestor da SAF vamos ser nós, não vai ser o presidente (do investidor). Vamos ser nós, a gente pode tirar ele a qualquer momento”, afirmou o mandatário.
Landim também expressou discordância em relação aos modelos de SAF adotados por outros clubes, como Botafogo, Vasco e Cruzeiro, afirmando que o Flamengo manteria a voz ativa na gestão e que os sócios continuariam a ter influência nas decisões do clube.
“Se você amanhã faz uma empresa Flamengo e dá para cada sócio proprietário uma ação de uma empresa chamada SAF, ele continua sendo sócio do clube, frequentando o clube. Ele vai continuar tendo o poder de definir isso que a gente estava definindo aqui, a cor da camisa, porque quem vai mandar no clube, ao contrário do que existe nos outros clubes, é o Flamengo”, finalizou.
A reunião também aprovou projetos relacionados a novos uniformes, incluindo uma camisa popular a ser lançada em 2024 e a inclusão da polêmica faixa vermelha em um novo terceiro uniforme do Flamengo.
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