Por: Leonardo Antônio
Quando o Manchester United anunciou a contratação de André Onana, goleiro da Inter de Milão, por um valor astronômico de até 55 milhões de euros (aproximadamente R$ 297 milhões), a expectativa era alta. O clube inglês, buscando revitalizar seu estilo de jogo após 12 anos sob a guarda de David de Gea, viu em Onana, de 27 anos, o perfil ideal para isso. Sua habilidade com a bola nos pés foi o grande chamariz, mas, conforme os meses se passaram, essa escolha começou a levantar dúvidas.
Onana, desde sua estreia desastrosa em um amistoso contra o Lens, onde sofreu um gol do meio do campo, até suas recentes exibições na Liga dos Campeões, mostrou-se menos eficaz em sua função primária: proteger o gol. Seus números são preocupantes: 16 gols sofridos nos primeiros 10 jogos da Premier League, e na Liga dos Campeões, uma performance ainda mais fraca, com 14 gols sofridos em apenas cinco jogos, deixando o United com a segunda pior defesa do torneio, atrás apenas do Antwerp.
A situação do Manchester United na Liga dos Campeões tornou-se crítica. Após um empate em 3 a 3 com o Galatasaray, onde Onana teve uma atuação questionável, o clube agora se vê dependendo de um “milagre” para avançar às oitavas de final. Eles precisam não apenas vencer o Bayern de Munique em seu último jogo do grupo, mas também esperar que o confronto entre Galatasaray e Copenhaguen termine em empate.
Essa trajetória tem sido uma fonte de frustração tanto para os fãs quanto para os críticos do clube. A contratação, inicialmente vista como um movimento estratégico e promissor pelo técnico Erik ten Hag, agora levanta questões sobre a ponderação entre habilidade técnica e competência defensiva para um goleiro. Afinal, a principal tarefa de um goleiro é evitar que a bola entre no gol, e nesse aspecto, Onana está deixando a desejar.
Onana, que já havia se destacado na Inter de Milão com títulos da Supercopa da Itália e da Copa da Itália, além de um vice-campeonato da Champions League, está enfrentando um desafio significativo em sua nova casa. Sua habilidade com a bola pode ter sido um fator decisivo para sua contratação, mas, no fim das contas, será seu desempenho debaixo das traves que determinará seu legado no Manchester United.