Ex-jogador do Flamengo relembra momento tenso que viveu no clube

Cristian vibra após marcar um gol pelo Flamengo (Foto: Divulgação)

Por: Leonardo Antônio

No ano de 2008, o Flamengo, um dos mais tradicionais clubes de futebol do Brasil, enfrentou um momento tumultuado em sua história. Durante um treino na Gávea, seu antigo local de treinamento, aproximadamente 30 a 40 torcedores invadiram o campo em um protesto que rapidamente se transformou em confusão. Os atletas, incluindo nomes como Juan, Ibson, Bruno e Leonardo Moura, encontraram-se no centro de um turbilhão de agressões verbais e exigências dos torcedores, culminando com o lançamento de um rojão.

Veja o que ocorreu

A tensão só foi amenizada com a intervenção de Diego e Fábio Luciano, que conseguiram negociar com os manifestantes. Infelizmente, o incidente resultou em estilhaços da bomba atingindo jogadores como Obina, Egídio e Cristian. Fábio Luciano, na época, enfatizou a abertura do grupo para dialogar com os torcedores, minimizando o incidente do rojão.

“Serviu como aprendizado para todos nós. Eles têm o direito de externar o que estão sentindo. A bomba foi um fato isolado. Sei que vai dar o que falar, mas está tudo em paz”, disse Fábio Luciano na época.

Em entrevista no Charla Podcast, Cristian relembrou o episódio como um reflexo da instabilidade do time no Brasileirão, agravada por desfalques e pela dolorosa eliminação na Libertadores.

“Os estilhaços da bomba pegou em mim, no Obina e no Egídio. O Fábio Luciano falou que não era para ninguém correr. E os caras ficaram desenrolando, os caras sem camisa, tudo forte, uns 30 a 40 pessoas, entraram para bater. Se a gente corre, o negócio ia ser mais sério. Os torcedores estavam carente de títulos, com expectativa de ir longe. A conversa foi respeitosa, mas acho mais pelo fato das lideranças que tinha no time”, disse Cristian no Charla Podcast.

Este episódio reflete um período desafiador para o Flamengo, marcado por expectativas não atendidas e uma relação tensa com sua apaixonada torcida. Ele serve como um lembrete da pressão constante sobre grandes equipes de futebol e a intensidade emocional de seus torcedores, que por vezes ultrapassa os limites do aceitável.