Hernane Brocador revela bastidores do título da Copa do Brasil em 2013

Hernane Brocador em ação pelo Flamengo (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo)

Em uma fase marcada por contenção financeira, o Flamengo se viu diante de um desafio imenso: equilibrar as contas e manter a competitividade em campo. Nesse contexto surgiu o título da Copa do Brasil de 2013, um marco na história recente do clube, tendo como figura emblemática Hernane Brocador, um nome que ficou eternizado na memória dos torcedores rubro-negros.

Recentemente, Hernane, em entrevista ao Charla Podcast, trouxe à tona memórias vivas daquela conquista. Ele descreveu o jogo da final contra o Athletico Paranaense, destacando a postura dos adversários e a confiança quase palpável que sentia no ar.

— A gente foi pra lá assim, se a gente perder, não pode ser por mais de um gol. Porque Maracanã, torcida, clima, a gente sabia que a gente poderia reverter. E o nosso nível de confiança também, no Maracanã, eu falo até por mim, eu já entrava assim: ‘Eu sei que um gol aqui eu vou fazer’. Eu já entrava assim, começou o atacante antes de finalizar:

— O time que a gente tinha, confiava muito em mim, os moleques brincavam muito diariamente comigo assim: ‘Pô, no Maracanã a gente tem que ver quem vai fazer um gol, porque um do Broca já era certo’. Então, isso era bom pra mim, era bom pro grupo, a gente já ia com isso pra dentro do campo.

Hernane também abordou a análise tática do confronto com o Athletico, um time rápido e eficiente, mas que chegou à final com importantes desfalques. Essa situação, somada à união e entrosamento do Flamengo, foi decisiva para a conquista do título.

— Aquele Athletico Paranaense, a gente falou assim: ‘é um time que vem ganhando de muitos gols lá na Capanema, é um time muito rápido’. Só que a gente já tinha duas notícias boas, se não me engano o Léo e o Éverton tomam cartão no jogo lá e aí teve dois desfalques. Aí você tem um time entrosado, você tira duas peças, o que vai entrar não é a mesma coisa, pode manter o nível defensivo, mas pra atacar não é a mesma coisa.