O caso de Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, tomou novos contornos com o pedido de suspensão proposto por um grupo de conselheiros do clube. Este pedido surge após a divulgação de imagens de uma briga envolvendo o dirigente e o entregador Leandro Campos, ocorrida no ano passado em um shopping da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O documento acusa Marcos Braz de ter cometido infrações disciplinares, baseando-se em três artigos do Estatuto do Flamengo: praticar vias de fato (artigo 39), praticar ato de grave indisciplina social (artigo 50) e praticar ato delituoso (artigo 51). Além disso, é destacado que o vice-presidente tentou envolver o clube em sua defesa, o que teria trazido “inequívocos abalos à imagem pública da instituição”, afirmam os conselheiros.
Trecho do documento apresentado pelos conselheiros ilustra a gravidade das acusações contra Braz: “Desde o início do episódio, Marcos Braz fez absoluta questão de envolver o clube em sua defesa, o que trouxe inequívocos abalos à imagem pública da instituição, que não apenas foi indevidamente enredada com um episódio de agressão covarde a um torcedor e trabalhador humilde, como também acabou afiançando a versão que se provou inverídica – cuja existência encerra um imenso desrespeito à sociedade em geral e à Nação Rubro-Negra em particular, dado que há amplo repúdio a esse comportamento matreiro.”
O processo agora está nas mãos do presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, que deve designar uma comissão de inquérito para investigar o caso em até 60 dias. Os conselheiros solicitam que, após a apuração, seja aplicada a Marcos Braz a penalidade de suspensão do quadro social, o que o impediria de exercer seu cargo durante o período da suspensão.
Apesar das turbulências, Marcos Braz parece manter um certo apoio dentro do clube, especialmente do presidente Rodolfo Landim, com quem, inclusive, almoçou em Belém, evidenciando uma frente unida em meio às controvérsias.