O Flamengo tem demonstrado uma performance notável na temporada de 2024, acendendo as esperanças e a animação entre seus fervorosos torcedores. As mudanças significativas dentro do clube, especialmente em relação à dinâmica do elenco, têm sido um dos principais tópicos de discussão entre analistas e fãs do futebol brasileiro.
Mauro Cezar Pereira, durante sua participação no programa ‘UOL News Esporte’, ofereceu uma análise profunda sobre essa transformação, evidenciando o desmantelamento de uma “panela” de jogadores que exerciam um influente poder paralelo dentro do clube.
Essa “panela”, segundo o jornalista, era composta por jogadores de grande relevância na história do Flamengo, mas cujas influências fora das quatro linhas começaram a afetar negativamente o desempenho do time. A reformulação do elenco foi apontada como um processo necessário e gradual, que culminou na eliminação desse grupo problemático, restaurando um ambiente mais harmonioso e focado no desempenho esportivo.
Um dos momentos mais críticos citados por Pereira foi a derrota do Flamengo por 4 a 1 para o Fluminense, onde ficou evidente a falta de comprometimento e seguimento das instruções do técnico Vítor Pereira por parte de alguns jogadores. Esse episódio serviu como um claro indicativo dos problemas internos que assolavam o clube, onde a direção anterior falhou em impor responsabilidades e exigir um comportamento adequado dos atletas.
— Aos pouquinhos essa reformulação foi acontecendo. Isso é importante porque acabou a panela, tinha uma panela pesada ali, uma panela de jogadores importantes na história do clube, mas que eram um poder paralelo. Na incompetência de gestão dos dirigentes, quando aconteciam coisas como o Flamengo tomar de 4 a 1 do Fluminense, é só ver os gols daquele jogo, ninguém marcava, ninguém corria, ninguém competia. Aí o Fabrício Bruno diz no intervalo: ‘estamos fazendo tudo diferente que o técnico pediu, ele não falou para fazer isso que estamos fazendo, está tudo errado’. É óbvio, só se o Vítor Pereira fosse maluco para mandar jogar daquela maneira, disse, antes de emendar:
— Tinha alguma coisa ali? Claro que tinha, que comportamento era aquele? A mesma coisa aconteceu no ano anterior com o Paulo Sousa, aí ele é mandado embora e ninguém é cobrado, não tem um dirigente com coragem, com condições de chegar lá e dizer: ‘vem cá, que negócio é esse aqui meu irmão?’. Não, ficou por isso mesmo, passou, seguiu e entrou outro. Então, agora, a máquina trituradora de técnicos perdeu esse motor que não existe mais. Foram embora ali alguns jogadores que formavam um núcleo duro muito complicado, complementou.
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