Futuro de Gabigol no Flamengo poderá ser definido hoje

Gabigol concedendo entrevista no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Gabigol está sob os holofotes não apenas por seu desempenho em campo, mas também por um motivo extracampo que tem preocupado os torcedores e a diretoria do Flamengo: um julgamento por suposta tentativa de fraude em um teste antidoping realizado em abril de 2023. Este incidente levantou questionamentos sobre o futuro do jogador no clube, especialmente considerando seu contrato atual, que se estende até dezembro de 2024.

O julgamento, que iniciou em 18 de março, estendeu-se por mais de cinco horas e acabou sendo adiado, com continuação marcada para hoje (25). Gabigol foi acusado de tentar dificultar a coleta de amostra durante o teste, um comportamento que levou a denúncias de fraude, segundo as normas do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). A defesa do jogador, representada pelo advogado Bichara Neto, que já defendeu casos de renome internacional, sustenta a inocência de Gabigol, apontando para os resultados negativos dos exames de doping como um argumento chave para a absolvição.

Diante dessa situação, a diretoria do Flamengo adota uma postura de cautela e otimismo, aguardando o desfecho do julgamento para tomar decisões relativas à renovação do contrato de Gabigol. Há, inclusive, planos de propor um aumento salarial ao atacante, caso ele seja absolvido, embora existam divergências internas sobre essa decisão.

Todavia, caso ele seja punido, a renovação ficará muito comprometida. Em casos de fraude ou tentativa de fraude em exames antidoping, a punição pode variar, mas há a possibilidade de suspensão de até quatro anos para o atleta envolvido.

O caso de Gabigol apresenta paralelos com o de Paolo Guerrero, outro atacante que enfrentou problemas relacionados a dopagem. Guerrero, defendendo o Flamengo na época, foi suspenso em 2017 após um teste de dopagem positivo para uma substância proibida, o que gerou grandes debates e uma batalha legal significativa. A defesa do peruano argumentou que a substância entrou em seu organismo por meio de um chá contaminado, uma explicação que trouxe à tona discussões sobre contaminação cruzada e os desafios enfrentados por atletas em garantir a integridade de suas dietas e suplementos.