A polêmica envolvendo os preços dos ingressos para o jogo de volta da Copa do Brasil entre Flamengo e Amazonas, marcado para 22 de maio na Arena da Amazônia, tem causado grande insatisfação entre os torcedores. Os valores, que variam de R$ 150 a R$ 1.500, foram considerados abusivos por muitos, levando à intervenção de órgãos de defesa do consumidor.
O Procon do Amazonas e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC-Aleam) notificaram o clube do Amazonas, exigindo explicações sobre a base de cálculo para os preços estipulados. Essa ação reflete a preocupação dos órgãos reguladores em assegurar que não ocorram abusos nas práticas comerciais, especialmente em eventos de grande público.
O Amazonas FC se defende alegando que os preços são semelhantes aos cobrados pelo Flamengo em jogos anteriores realizados na mesma arena, como o ocorrido em 17 de janeiro, quando o Flamengo enfrentou o Audax e goleou por 4 a 0, com ingressos também atingindo valores elevados.
Além dos preços, o Procon também está investigando outras possíveis infrações relacionadas à organização do evento, incluindo a adequação dos espaços para pessoas com deficiência e a política de entrada de alimentos e bebidas na arena, pontos críticos para a conformidade com o Código de Defesa do Consumidor.
Mário César Filho, presidente da CDC-Aleam, manifestou-se fortemente contra a exploração dos torcedores através de preços exorbitantes, enfatizando a importância do acesso democrático ao esporte e a observância das leis que protegem os consumidores.
— É inaceitável que os torcedores sejam explorados com preços exorbitantes que ferem os princípios de acesso democrático ao esporte. não podemos tolerar a prática de abusos que prejudicam os consumidores e desrespeitam a legislação vigente. Estamos vigilantes e vamos garantir que os direitos dos cidadãos sejam protegidos com rigor, disse Mário.