Washington Rodrigues, conhecido carinhosamente como Apolinho, foi uma figura emblemática no jornalismo esportivo brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936, ele iniciou sua carreira dividindo seu tempo entre as atividades de bancário e goleiro de futebol de salão. Sua entrada no rádio ocorreu de forma inesperada, enquanto se recuperava de uma lesão que o impedia de jogar, o que o levou a ser convidado para uma consultoria sobre futebol de salão na Rádio Guanabara.
Ao longo das décadas, Apolinho destacou-se nas ondas do rádio, especialmente nas rádios Globo e Tupi, onde formou uma dupla memorável com José Carlos Araújo, o Garotinho. Sua trajetória inclui passagens por diversas outras emissoras, como Rádio Nacional e TV Globo, consolidando-se não só como uma voz no rádio, mas também como colunista e comentarista em jornais e televisão. Seu estilo único e linguagem acessível conquistaram uma ampla audiência, que apreciava seus comentários precisos e carregados de paixão pelo esporte.
Apolinho nunca escondeu seu amor pelo Flamengo, clube do qual se tornou treinador em 1995, durante o ano do centenário do time. Nesse período, ele comandou o time em 26 jogos, acumulando 11 vitórias, oito empates e sete derrotas. Sua gestão como treinador foi seguida por uma atuação como dirigente em 1998, demonstrando sua versatilidade e compromisso com o clube que sempre amou.
Entre seus legados, estão os bordões criativos e a linguagem coloquial que introduziu no jornalismo esportivo, marcando gerações de ouvintes e torcedores. Expressões como “chocolate” para goleadas e “mais feliz que pinto no lixo” são apenas alguns exemplos de como sua maneira de falar se entranhou na cultura futebolística do país.
Washington Rodrigues faleceu na noite de quarta-feira, 15 de maio, aos 87 anos, após uma luta contra o câncer. Até seus últimos dias, esteve ativo no rádio, liderando o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi, onde sua voz continuou a ser uma presença reconfortante e influente para os amantes do futebol. A comunidade esportiva e seus muitos ouvintes sentem profundamente sua falta, lembrando-se dele não apenas como um ícone do rádio, mas como um verdadeiro amante do futebol que viveu para transmitir sua paixão pelo jogo.
Apolinho deixou uma marca indelével no jornalismo esportivo brasileiro, sendo lembrado por sua imparcialidade e habilidade em conquistar o respeito e admiração de torcedores de todas as equipes. Seu legado persistirá, inspirando futuras gerações de jornalistas e comentaristas esportivos a abordar sua profissão com o mesmo entusiasmo, integridade e amor pelo esporte que ele demonstrou ao longo de sua notável carreira.
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