A Corte Arbitral do Esporte (CAS) marcou para 7 de junho o julgamento do caso envolvendo o atacante Gabigol, do Flamengo, relacionado a uma possível tentativa de fraude em exame antidoping. O atleta havia sido suspenso por dois anos pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) em março, mas obteve um efeito suspensivo ao recorrer ao tribunal internacional no fim de abril.
A informação foi publicada primeiramente pelo jornalista Venê Casagrande. Gabigol irá até a Suíça para participar presencialmente do julgamento. Contudo, ele não desfalcará o Flamengo, que tem jogos apenas no início de junho: um clássico contra o Vasco no dia 2 e um confronto com o Grêmio no dia 13.
O CAS, última instância no esporte, decidirá se Gabigol será absolvido ou se manterá a suspensão até abril de 2025. Tanto a defesa do jogador quanto o Flamengo estão otimistas após o pedido de efeito suspensivo ter sido acatado por unanimidade, em decisão tomada por dois árbitros ingleses e um suíço.
Todo o processo no CAS gera custos judiciais que devem ser divididos entre as partes. Em abril, a defesa de Gabigol foi notificada de que a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) não havia pago sua parte das custas. Para não atrasar o processo, Gabigol arcou com o valor restante. Posteriormente, a ABCD enviou sua documentação e indicou um árbitro alemão, mas o CAS rejeitou a indicação por questões administrativas.
Assim, o CAS indicou dois dos três árbitros que julgaram o pedido de efeito suspensivo. A mesa foi formada por um inglês indicado pela defesa de Gabigol, além de outro inglês e um suíço indicados pelo tribunal. Todos votaram a favor do efeito suspensivo, que permitiu ao atacante continuar jogando enquanto aguarda a votação do recurso.
A defesa de Gabigol destacou a importância do “periculum in mora” (perigo da demora) e do “fumus boni juris” (fumaça do bom direito), solicitando uma análise rápida do processo para evitar que o jogador cumprisse grande parte ou toda a suspensão antes da decisão final. Além disso, o julgamento inicial no TJD-AD foi apertado, com cinco votos favoráveis à suspensão e quatro contrários, o que a defesa usará para tentar anular a punição.
Gabigol foi condenado por dois anos de suspensão devido a uma tentativa de fraude no exame antidoping em abril de 2023. Ele não realizou o exame corretamente, destratando os profissionais e não permitindo que o examinador o visse urinando, conforme relatos. Se mantida a suspensão, o jogador ficará fora dos campos até abril de 2025.
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