O Flamengo recorreu da punição imposta ao seu diretor executivo de futebol, Bruno Spindel, que havia sido afastado por 20 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido a declarações contra a arbitragem e a CBF no empate em 1 a 1 com o Bragantino em 4 de maio. Nesse sentido, o clube conseguiu um efeito suspensivo para o dirigente até o novo julgamento em segunda instância, que ainda não tem data marcada.
Com isso, Spindel foi liberado para viajar para Curitiba, onde o time enfrenta o Athletico-PR neste domingo (16), às 16h (horário de Brasília), pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
Spindel foi enquadrado no artigo 258 §2º, II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de desrespeitar os membros da equipe de arbitragem ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões. A pena prevista para essa infração varia de 15 a 180 dias. O presidente da 4ª Comissão Disciplinar do STJD, Jorge Octávio Lavocat Galvão, justificou a punição afirmando que a declaração de Spindel “foi um desabafo que extrapola e passa a ser uma ofensiva”. Contudo, o departamento jurídico do Flamengo discordou dessa avaliação e recorreu ao Pleno.
A reclamação de Spindel foi motivada pela anulação da expulsão de Luan Cândido, jogador do Bragantino, e por um suposto pênalti não marcado em Luiz Araújo, que foi ignorado pelo VAR. O comentarista de arbitragem dos canais Globo, Paulo César de Oliveira, concordou que houve erro na anulação da expulsão.
Após a partida, Spindel deu declarações contundentes contra a arbitragem e a CBF, criticando o que considerou um desrespeito ao Flamengo e sugerindo que a única forma de obter respeito seria expondo publicamente os erros e promovendo investigações.
O árbitro da partida, Paulo Cesar Zanovelli da Silva (Fifa/MG), relatou na súmula que Spindel reclamou da arbitragem após o jogo, afirmando que o VAR prejudicava o Flamengo desde o jogo contra o Botafogo. Essa declaração foi um dos pontos que levaram à punição inicial imposta pelo STJD.