O técnico António Oliveira declarou após o empate em 1 a 1 com o Athletico-PR, neste domingo, que o goleiro Carlos Miguel não atuará mais pelo Corinthians. O jogador está negociando transferência para o Nottingham Forest, da Inglaterra.
Carlos Miguel deveria ter retornado ao time titular em Curitiba, após cumprir suspensão contra o Inter. No entanto, ele pediu para não viajar alegando dores no tornozelo. António, que até então estava evitando comprometer-se sobre o assunto, mudou sua postura:
— Não, Carlos Miguel não joga mais no Corinthians. Já o disse e falei neste grupo. Só está aqui no clube quem quer e faz de forma apaixonada, muitos que hoje estão nesta posição deviam perceber o sonho de muita gente de poder representar um dos maiores clube. Incomodou, incomoda, e o Carlos Miguel não vai jogar mais pelo Corinthians, afirmou o treinador.
Apesar da saída do goleiro e da posição da equipe no Brasileiro, dentro da zona de rebaixamento, António se recusou a comentar sobre a busca do clube por reforços.
— Respeito muito a pergunta e respeito. Sobre janela, até o dia 10 (de julho, quando o período de transferências é aberto), não vou comentar mais. Tenho que valorizar os que estão comigo. Só joga aqui quem quer. Temos quatro jogos importantes para o clube até a abertura da janela. Não vamos chorar. Vamos nos dedicar para no campo derramar todas as nossas lágrimas, disse Antônio.
Quando questionado sobre o apoio da diretoria, o técnico desviou e preferiu afirmar que está focado no trabalho dentro de campo durante a semana e nos jogos. No entanto, ele ressaltou que se sente bem recebido no clube.
— Não sou novato. Tenho um trajeto, sei como as coisas funcionam. Eu só controlo aquilo que é da minha competência. De resto, desde o primeiro jogo, sou uma pessoa bem recebida. Gosto de estar aqui. Tenho apreço pelo que passo, pela forma de estar, ao longo destes cinco meses, estamos andando caminho das pedras, completou.
Por fim, o treinador sugeriu que o ambiente turbulento que o Corinthians atravessa no momento fora das quatro linhas tem exigido que ele desempenhe muito mais do que apenas as funções de um treinador.
— Foi mais uma semana de trabalho que entendi o contexto, mas minha missão foi tentar mobilizar os jogadores porque existe uma coisa mais importante do que qualquer presidente ou gestão, que é o clube. Temos que dar resposta ao torcedor, a torcida é a vitalidade deste grupo. O resto não interessa para o clube. Interessa dar estabilidade para podermos fazer um trabalho de qualidade. Tenho sido mais como treinador, mas tenho feito com orgulho, finalizou.
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