Flamengo enfrenta o Bolívar (BOL) em agosto, e acompanha ‘de longe’ situação do país
No dia 22 de agosto, o Flamengo está agendado para jogar em La Paz, a capital da Bolívia, pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Bolívar. Atualmente, 26 tropas do exército estão presentes nas ruas de diversas cidades bolivianas, em um possível golpe de estado. Embora as informações ainda não estejam confirmadas, a realização do jogo do Rubro-Negro agora corre risco.
O presidente da Bolívia, Luis Alberto Arce Catacora, recorreu às redes sociais para denunciar os acontecimentos no país como “movimentações irregulares de algumas unidades do exército boliviano”. A imprensa local reportou a presença de tropas em grandes avenidas de La Paz e ocupação de edifícios públicos. No palácio presidencial houve uma invasão, porém não se sabe se Catacora permanece no local.
O general José Zuniga, ex-comandante do exército boliviano, é apontado como o responsável pela tentativa de golpe de estado. Ele foi recentemente afastado do cargo. O ex-presidente Evo Morales classificou os eventos na Bolívia como um golpe e solicitou ajuda dos países vizinhos. A Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou que “a comunidade internacional não aceitará qualquer violação da ordem constitucional boliviana”.
A Bolívia está passando por uma crise econômica severa, com escassez de dólares e combustível. Além disso, há uma disputa política entre Arce e seu mentor político, o ex-presidente Evo Morales, em relação à candidatura nas próximas eleições gerais em 2025, que determinará um novo mandato presidencial de cinco anos.
A Bolívia é talvez o país sul-americano com a história mais marcada por golpes de estado. Desde o século XX, a nação andina passou por diversas interrupções da ordem democrática. Em 1952, 1964, 1969, 1971, 1978 e 2002, presidentes foram depostos ou assumiram o poder pela força.
Resta ao Flamengo aguardar pela normalização da situação para que a partida contra o Bolívar, marcada para 22 de agosto, ocorra sem contratempos. O clube carioca já enfrentou problemas decorrentes das instabilidades políticas na América do Sul. Em 2019, a final da Libertadores estava programada para Santiago, no Chile, porém devido aos protestos populares, foi transferida para Lima, no Peru.