O Flamengo enxerga na situação de Lucas Paquetá com a Federação Inglesa uma oportunidade de repatriar o meia e afastá-lo do ambiente onde lida com acusação de envolvimento em esquema de manipulação de apostas esportivas.
A ideia do Mais Querido para poder contar com o jogador conta com um plano bastante elaborado e com diversos passos a serem seguidos. Todo o planejamento foi explicado pelo jornalista Vitor Sérgio Rodrigues.
Após acusar formalmente Lucas Paquetá de envolvimento em manipulação de apostas, a FA (Federação Inglesa) concedeu um prazo adicional à defesa do atleta para atuar. Quando os representantes do jogador apresentarem seus argumentos, haverá um julgamento no comitê do órgão inglês.
Caso o brasileiro seja considerado culpado, a defesa poderá recorrer a outra instância dentro da própria confederação. Se ainda assim a acusação for mantida, os advogados do atleta poderão recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), na Suíça.
Concluída esta etapa, se o jogador continuar sendo culpado, seus representantes poderão recorrer a uma outra instância dentro do próprio Tribunal Arbitral do Esporte. A depender do desenrolar do julgamento no TAS, ele pode ter chance de recorrer ao Tribunal Federal Suíço, na Justiça Comum.
Encerradas todas estas etapas, se uma eventual condenação for mantida, a Federação Inglesa pode pedir a FIFA para validar a suspensão no futebol mundial, e não apenas na Inglaterra. A entidade máxima do futebol tem atendido a pedidos do tipo, como foi feito nos casos de jogadores brasileiros recentemente condenados por envolvimento em manipulação com casas de apostas.
Caso a FIFA acate o pedido dos ingleses, Paquetá ainda pode recorrer da decisão junto ao TAS, solicitando recurso ao próprio órgão e, possivelmente, na Justiça Comum da Suíça. Como o caso é complicado e envolve diversas possibilidades de defesa, o Flamengo aposta na projeção de que todo o processo explicado acima demore a ser concluído.