Tite é sincero ao falar sobre Lorran e justifica as alterações

Foto: Reprodução/FlaTV

Neste sábado (6), o Flamengo empatou em 1 a 1 com o Cuiabá, em jogo válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao final do confronto, que não terminou com o melhor placar esperado pelo Mengo, o técnico Tite analisou a partida e justificou as alterações questionáveis na equipe.

“O Walter fez um grande jogo, acho que foram 11 finalizações no gol. Em volume criado, com uma série de adversidades, eu não vou falar a respeito de calendário, eu já falei e não quero ser repetitivo. Tivemos a busca até o momento final. O jogo se apresentou, tentamos usar dois pivôs, substituímos os meninos para criar as alternativas que precisámos e fica aqui o respaldo aos meninos, o Lorran e o Werton”, disse, antes de prosseguir:

“Queria trabalhar em cima da projeção. Busquei um jogador de articulação para dar mais volume. Como eu tenho o Lorran junto com o Gerson, que são dois articuladores, eles se procuram, a ideia foi tê-los. Depois, montamos uma estratégia para furar o bloco médio e baixo deles (Cuiabá). Tínhamos que fazer o movimento no último terço. É difícil não falar da questão do calendário. A gente faz a análise do adversário e não tem como treinar para esse jogo. Você coloca no vídeo e tenta fazer com que as coisas cheguem na hora. Foi o terceiro jogo seguido em menos de 72h. Não conseguimos manter a regularidade para colocar a gente na cara do gol, de ter uma finalização mais limpa. Temos que reconhecer que, do outro lado, o Walter estava num dia iluminado”, concluiu.

Além de explicar as saídas de Lorran e Werton, que entraram em campo no decorrer da partida e foram substituídos, Tite voltou a falar sobre o calendário e explicou a posição sobre a saída de Bruno Henrique, que foi substituído após lesão no tornozelo.

“Vou falar um pouco pessoal. Eu fui dormir ontem. O primeiro dia depois do jogo (contra o Atlético-MG) você não descansa, tem a energia. Eu não sei se, o Bruno Henrique estando limpo, ele consegue sair do contato e não machucar. Mas quando há jogos excessivos a propensão de um atleta machucar é muito maior. Fica o registro. Se o sindicato dos atletas colocou que 66 horas é o tempo mínimo (entre uma partida e outra), eles estão errados também. Estou colocando na condicional. Eu não sei se isso pode ter influenciado a ele ter se machucado”.

Matheus Bachi, auxiliar técnico, também falou sobre o calendário: “Primeiro a gente vai descansar. É puxado. Tem que valorizar tudo que a gente fez até agora. Chegar na condição que a gente está com jogadores fora. Foram oito jogos até agora com uma competição paralela. O que estamos fazendo aqui ´pe muito forte, muito bom. É esperar eles chegarem e trabalhar para o próximo jogo.”

Escolhas para o confronto

“Todos os atletas podem (entrar mais vezes). As vezes, nós nominamos um. Mas tem outros. O Werton entrou bem contra o Cruzeiro. As vezes quer um jogador de flanco, outro de articulação. Dentro das lógicas e das características, nós procuramos ideias”.

Situação de Bruno Henrique

“Quando a gente colocou o BH, que não tinha os dois jogadores de flanco, tentamos um jogador de mais flutuação, mais posse. Não sincronizou, não coordenou. Fica um reconhecimento ao Gerson. As vezes o cara chama ele de coringa. É muito difícil executar duas ou três funções dentro de campo. Ele tem uma pré-disposição ao que é melhor para a equipe. Ele executa essas funções para ajudar a equipe. Quando você tem mais articulação você tem mais posse, quando tem mais gente aguda, tem mais verticalidade. A torcida também nos ajudou bastante. Parece que torcedor, a cada dia mais, abraça. É uma torcida que não admite até o minuto final. Esse aspecto orgulhoso dela, competitivo dela, vai até o final”.

Futuro de Lorran

“Maturidade (para ser mais regular). Tempo jogado. Isso só se consegue jogando. E treino. O cara tem uma semana inteira para trabalhar, orientar como ele faz a pressão… Nós ficamos nessa loucura de um jogo atrás do outro. Assim como a equipe oscila, o garoto vai oscilar também”.