Quanto o Flamengo vai pagar pelo terreno de seu estádio?

Projeção do estádio do Flamengo (Foto: Reprodução)

Prefeitura do Rio divulga informações no Diário Oficial e lança edital

Nesta terça-feira (09), um novo passo rumo à construção do estádio do Flamengo foi revelado. A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio de uma publicação no Diário Oficial, divulgou o valor inicial para o leilão do terreno do Gasômetro. Segundo a administração municipal, o certame aceitará lances a partir de R$ 138,1 milhões. Além disso, o comunicado oficial confirma a desapropriação de uma área de 86,5 mil m² que anteriormente pertencia a um fundo de investimentos administrado pela Caixa Econômica Federal.

O informe também destaca a exigência de que o estádio tenha capacidade mínima de 70 mil assentos. Contudo, essa exigência não é um obstáculo, pois o clube planeja erguer uma arena com 80 mil lugares, conforme mencionado pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, em uma entrevista recente. O leilão está agendado para o dia 31 de julho.

O Flamengo deve seguir determinadas regras para a construção de seu estádio, de acordo com a publicação no Diário Oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro. São 11 pontos que o clube deve observar em sua nova casa. Confira as diretrizes que o Flamengo precisará cumprir.

Estádio do Flamengo (Foto: Divulgação)

– Plano de mobilidade urbana que privilegie o uso do transporte coletivo e acesso por pedestres nas imediações. O projeto deverá considerar obrigatoriamente o acesso de veículos de transporte individual de passageiros pelas vias internas do bairro de São Cristóvão. O acesso pela Avenida Francisco Bicalho, umas das principais vias da cidade, será proibido;

– Instalação, preferencialmente, de sistemas de captação e reuso de água da chuva para irrigação de gramados e uso em banheiros. Deverão ser usados dispositivos de baixo consumo de água em banheiros e vestiários;

– “Zonas de experiências”, com áreas temáticas ao redor do estádio, como museus interativos e zonas de jogos;

– Calçadas largas e acessíveis, além de ciclovias que conectem o estádio a áreas residenciais e comerciais próximas;

– Projeto de estacionamento suficiente, preferencialmente subterrâneo ou em edifício-garagem;

– Implementação de “sistema robusto de coleta seletiva e reciclagem de resíduos”, assim como áreas de docas para coleta de lixo;

– Incorporação de painéis solares e outras fontes de energia renovável, além de estratégias que incluam compensação de carbono;

– Deverá ser usada iluminação LED de alta eficiência e sistemas de controle automatizado para reduzir o consumo energético;

– Integração da vegetação ao projeto, como jardins verticais e, preferencialmente, telhados verdes, para melhorar a qualidade do ar e reduzir a temperatura ambiente;

– Plano de Alcance Social que abranja impactos para as populações e comunidades do entorno, privilegiando a contratação de mão de obra local, projetos de qualificação profissional e educação esportiva e cultural;

– Integração com o entorno, o que inclui lojas, museu, restaurantes, bares e serviços.

Há preocupações entre alguns torcedores em relação ao termo “leilão”, pois há a possibilidade de haver competição. No entanto, o Flamengo sabe internamente que os outros três principais clubes da cidade não deverão participar, seja por questões financeiras ou por ser claro no edital que o terreno do Gasômetro é destinado à construção do estádio.

Agora o Flamengo aguarda a votação na Câmara dos Vereadores para a aprovação do projeto de lei que permitirá o uso do potencial construtivo pelo clube. O Mengão conta com o apoio do vereador Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube, que também faz parte da Frente Parlamentar dedicada ao assunto.