Maracanã é utilizado para atividade pouco comum

Escudo do Flamengo no gramado do Maracanã (Foto: Reprodução)

Exercício é realizado em cooperação entre os dois países

No dia 12 da semana passada, o Maracanã, que já sediou duas finais de Copa do Mundo, foi cenário de um acontecimento incomum. Conhecida como “Operação Maracanã”, a ação foi realizada em conjunto pelo Exército Brasileiro e pela Guarda Nacional de Nova York. O propósito do treinamento era simular a resposta a uma situação imaginária envolvendo QBRN (Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear), durante uma partida de futebol no estádio.

O exercício teve como objetivo preparar-se para a Copa do Mundo de 2026, que terá os Estados Unidos como um dos países anfitriões. De acordo com informações do jornal O Globo, a simulação incluiu o uso de um drone da empresa CONDOR, especializada em tecnologias não letais. Esse dispositivo estava equipado com um sistema de comunicação e transmitia mensagens por meio de alto-falantes.

Conforme divulgado pelo Comando Militar do Leste (CML), durante o simulado foram realizadas buscas em áreas específicas do estádio, como arquibancadas e entradas, além da representação de um acidente químico com medidas de detecção e contenção da ameaça. Aproximadamente cem pessoas atuaram como figurantes interpretando torcedores expostos ao acidente químico simulado, o que contribuiu para tornar a atividade mais realista.

Maracanã preparado para jogo do Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

A participação do Exército Brasileiro na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas do Rio em 2016 foi fundamental para essa troca de experiências. Segundo o Tenente-coronel Bifano, comandante do 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, essa oportunidade é significativa.

-Fazer um exercício combinado com o Exército dos EUA é uma grande oportunidade, especificamente com a Guarda Nacional do Exército de Nova York, porque, assim, conseguimos passar a nossa expertise na atuação em grandes eventos, disse.

O Comando Militar do Leste considera que essa atividade contribui para fortalecer a diplomacia militar, promovendo um estreitamento das relações entre os exércitos brasileiro e americano.